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Fundador do euro critica Merkel e pede fim da moeda única

31-07-2015 - N.A.

O antigo ministro das Finanças alemão e um dos fundadores da moeda única, Oskar Lafontaine, critica a política salarial da chanceler alemã, Angela Merkel, acusando-a de ser uma das responsáveis da actual e futura crise na Europa. Na opinião deste ex-governante alemão, o fim do euro é o caminho para deixar os países do Sul da Europa recuperarem.

“Os alemães ainda não perceberam que o Sul da Europa, incluindo a França, será forçado pela sua miséria actual a lutar, mais cedo ou mais tarde, contra a hegemonia alemã", escreveu Oskar Lafontaine, antigo ministro alemão das Finanças e um dos fundadores do euro, numa comunicação colocada no site do Partido de Esquerda do Parlamento alemão.

Lafontaine critica a política salarial alemã, sublinhando que “Merkel vai despertar do seu sono hipócrita quando os países europeus unirem forças para fazer um ponto de viragem na crise penalizando inevitavelmente as exportações alemãs”. O antigo ministro lembra que na Alemanha não há salário mínimo e que os baixos salários servem apenas para proteger as empresas exportadoras do país.

Por isso, concluiu, “o espírito do euro está minado e não tem condições para prosseguir”, devendo ser retomado um sistema como aquele que foi precursor da união monetária, o Sistema Monetário Europeu, que permite fazer “desvalorizações e valorizações controladas” das moedas nacionais.

“As políticas de austeridade estão a levar ao desastre”, considera Lafontaine, juntado a sua a outras críticas que se têm levantado no seio europeu designadamente, e como o próprio cita, José Manuel Durão Barroso e Enrico Letta.

 

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