França acusa os" países pequenos que fizeram esforços" de bloquearem a Grécia
03-07-2015 - Lusa
O ministro francês das Finanças disse em entrevista que "os mais duros não são os alemães".
Sobre a presumível intransigência de Berlim em relação à posição de Atenas, Michel Sapin afirmou que "os mais duros não são os alemães, mas os pequenos países que fizeram significativos esforços" [sem nunca referir claramente Portugal], que têm agora uma situação "melhor" e consideram que a Grécia não pode evitar passar pelo mesmo processo.
O ministro das Finanças francês, Michel Sapin, afirmou hoje que Paris vai tentar evitar a saída da Grécia do euro, incluindo no caso de vitória do "não" à proposta europeia, no referendo convocado para o próximo domingo.
Em entrevista à emissora francesa RTL, Michel Sapin insistiu que "o objetivo é alcançar um acordo antes do referendo, se possível", mas não para impedir que este se realize, dado que essa é uma decisão dos gregos.
"O papel da França é, até ao último momento, o de ver se é possível um acordo (...) para uma Grécia que recupere a estabilidade e a Europa a tranquilidade", assinalou o ministro que admitiu, de seguida, que consegui-lo "é horrivelmente complicado".
Questionado sobre se é a favor do 'sim' no referendo, Sapin recusou responder diretamente para evitar uma intromissão numa questão que cabe aos gregos decidir.
Contudo, comentou que "as consequências" não seriam as mesmas: "com o 'sim' as negociações continuariam (....), enquanto com o "não" há um risco de deslize para a saída da Grécia do euro".
E ressalvou: "Ainda que o 'não' ganhe, o papel da França será tentar conseguir que a Grécia se mantenha no euro".
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