Marinho e Pinto domina Conselho Nacional do PDR
26-06-2015 - Lusa
Lista afecta ao presidente conquista quase todos os lugares disponíveis.
A lista ao Conselho Nacional do PDR afecta à liderança de Marinho e Pinto venceu as eleições para aquele órgão de forma esmagadora. Obteve 780 votos e 24 mandatos, enquanto uma das outras três listas concorrentes conseguiu apenas um lugar.
A lista A obteve 780 votos, a lista B teve 36 votos e a lista C alcançou 31 votos, de acordo com dados veiculados por António Casal, do centro de informação e comunicação do Partido Democrático Republicano (PDR).
A lista A, encabeçada por Sérgio Passos, obteve 24 mandatos no Conselho Nacional, a lista B, encabeçada por José Alexandre de Almeida, obteve um mandato.
A lista C era liderada pelo ex-deputado do PS Eurico Figueiredo, que entretanto desistiu com críticas a Marinho e Pinto, assim como outras 12 pessoas. Esta candidatura não obteve qualquer mandato no Conselho Nacional, de acordo com a mesma fonte.
Ao nome de Eurico Figueiredo seguiam-se os nomes de Maria Ivone Oliveira e Francisco Monteiro.
Eurico Figueiredo desistiu de concorrer numa carta que divulgou nas redes sociais em que acusou Marinho e Pinto de ser um "falso profeta" que está a transformar o PDR de "partido ‘caudilhista' em partido fascista".
O Congresso realizado no sábado em Lisboa destinava-se apenas a eleger o Conselho Nacional, depois de no dia 24 de Maio essa eleição ter sido adiada por "falta de condições para garantir um ato eleitoral isento", de acordo com a posição do partido expressa num comunicado, e que terminou num clima de grande confusão e tensão entre filiados.
O Conselho Nacional vai gora designar a comissão política do partido. Depois, o PDR deverá começar a fazer as listas de candidatos a deputados à Assembleia da República para serem entregues no Tribunal Constitucional. Marinho e Pinto, ex-bastonário da Ordem dos Advogados, disse que pretende que o PDR concorra a todos os círculos eleitorais.
Aos 63 anos, Marinho e Pinto foi eleito presidente do PDR no passado 24 de Maio. Define a ideologia do PDR como "democrática e republicana", com os "valores da democracia e dos modernos Estados democráticos e republicanos". Assumindo-se mais próximo da social-democracia, Marinho e Pinto referiu ainda os princípios da solidariedade e da justiça e da "liberdade, acima de tudo", como pilares fundadores do partido, segundo disse numa entrevista ao PÚBLICO no dia da consagração como líder do partido.
Fazendo do combate à corrupção como uma das bandeiras, Marinho e Pinto tem vindo a fazer uma maior marcação ao líder do PS, António Costa, acusando-o de estar a iludir os portugueses. Mas, para já, relativamente a alianças futuras, no pós-legislativas, mantém a posição de estar disponível, se for "útil" ao país e se for do interesse nacional.
O antigo bastonário candidatou-se a eurodeputado pelo Movimento do Partido da Terra e foi eleito para o Parlamento Europeu em Maio 2014. Mas, meses depois, desentendeu-se com os dirigentes daquela força política, anunciando a fundação de um novo partido. Manteve-se em Bruxelas como eurodeputado independente, apesar de muitas críticas que lançou sobre o Parlamento Europeu.
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