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"Conspiração de negligência" condena milhões de refugiados, diz Amnistia Internacional

19-06-2015 - Guilhermina Sousa

No documento, a organização fala numa "conspiração de negligência" que está a condenar milhões de pessoas à morte ou a uma vida de miséria.

O caso mais grave é o da Síria. É nesse país em guerra desde 2011 que se vive "a maior crise humanitária do mundo". Metade da população vive deslocada. Mais de 4 milhões de pessoas fugiram. 95% estão em apenas cinco países: Turquia, Líbano, Jordânia, Iraque e Egipto. Países que fazem fronteira com a Síria e que, nos últimos meses, apertaram os critérios de entrada. Critérios tão restritos, que fizeram com que o número de refugiados sírios registados no primeiro trimestre deste ano, caísse 80 por cento, comparativamente com o mesmo período de 2014.

No mapa da tragédia, há uma "crise esquecida" em África. Três milhões de pessoas estão deslocadas na África Sub-Sahariana. Guerras e conflitos regionais, como os do Sudão do Sul e da República Centro-Africana, aumentaram, de forma significativa, o número de deslocados. A maioria procura refúgio em países que estão, também eles, em guerra e a maioria não tem qualquer tipo de apoio.

O Mediterrâneo é "a rota marítima mais perigosa". 219.000 migrantes tentaram a travessia em 2014, 3.500 morreram e este ano de 2015 ameaça ser ainda pior: até ao final de maio, já tinham morrido 1.865 pessoas.

No sudeste da Ásia, os governos tentam "afastar os desesperados". O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados calcula em 25 mil os que tentaram, já este ano, cruzar o Golfo de Bengala, no nordeste do Oceano Índico. Um número que representa o dobro do ano passado. São quase todos da minoria Rohingya, muçulmanos originários da Birmânia e do Bangladesh. A Organização Internacional para as Migrações acredita que 8 mil pessoas ainda continuem presos em barcos, ao largo da Tailândia.

Perante este cenário, a Aministia Internacional considera que "os líderes mundiais estão a condenar milhões de refugiados a uma existência insuportável e milhares à morte, porque estão a falhar na assistência humanitária fundamental". É uma "conspiração de negligência" que exige uma "mudança radical" na forma como o mundo lida com o problema dos refugiados.

Fonte: Reuters

 

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