"Fazer de Dias Loureiro um exemplo é um insulto ao país"
08-05-2015 - Esquerda.net
A porta-voz do Bloco disse a Passos Coelho que “há 4.691 milhões de razões para que nos explique porque elogiou Dias Loureiro”, mas o primeiro-ministro fugiu à questão. Catarina Martins questionou também a pressa do governo em privatizar e afirmou: “Num primeiro-ministro que tanto elogia Dias Loureiro a pressa em vender assusta mais”.
No debate com o primeiro-ministro, a porta-voz do Bloco de Esquerda começou por perguntar a Passos Coelho se ele sabia “qual é o tamanho do buraco do BPN mas contas públicas, que está a ser pago pelos contribuintes”. Passos Coelho não sabia.
Catarina Martins, referiu que segundo o Tribunal de Contas, o buraco do BPN que está a ser pago pelos contribuintes é de 4.691 milhões de euros e, por isso, apontou ao primeiro-ministro: “Há 4.691 milhões de razões para que nos explique porque elogiou Dias Loureiro”.
Catarina Martins lembrou então os elogios feitos por Passos Coelho (ler notícia no esquerda.net), apontou que o nome de Dias Loureiro é citado 55 vezes no relatório da comissão de inquérito e recordou também que o grupo BPN se desenvolveu rapidamente em torno dos antigos membros do governo de Cavaco Silva e dirigentes do PSD Oliveira e Costa e Dias Loureiro.
Considerando que Dias Loureiro é exemplo de “facilitismo”, a deputada bloquista apontou a Passos Coelho: “Talvez deva uma explicação sobre os modelos que utiliza quando fala da economia do país”. Catarina Martins disse também a Passos Coelho que Dias Loureiro comprou parte da editora “em que lançou o seu livro, enxovalhando Paulo Portas”. Passos Coelho contestou, afirmando: “nunca na vida enxovalhei ninguém, muito menos o líder do maior partido da oposição”.
Por fim, a porta-voz do Bloco levantou a questão da aceleração das privatizações por parte do Governo.
Lembrando a intenção governamental de privatizar o Oceanário, a concessão de transportes públicos a privados (Metro, Carris, STCP), a venda de águas e resíduos, a privatização de TAP, CP Carga e EMEF, Catarina Martins questionou: “Qual é a pressa de vender”.
E afirmou, a concluir, “Num primeiro-ministro que tanto elogia Dias Loureiro, a pressa em vender tudo assusta mais”.
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