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Empresários cépticos com medidas do PS

24-04-2015 - Sara Piteira Mota e Elisabete Felismino

Os empresários estão cépticos com as medidas apresentadas pelo PS, liderado por António Costa, para a economia portuguesa.

A avaliar pelo painel ouvido pelo Diário Económico há mesmo quem fale em "cenas de episódios passados" quando se olha para o lado da despesa. A excepção é o sector da restauração que vê contemplada uma das suas reivindicações, a descida do IVA para o sector para os 13%.

Nuno Ribeiro da Silva, presidente da Endesa Portugal, diz que mais importante do que "esta ou aquela medida avulso são os pressupostos em que assentam as medidas agora apresentadas e é isso que permite ver se há ou não margem de manobra". Ainda assim o presidente da Endesa congratula-se pelo facto "do PS ter apresentado, finalmente, propostas concretas". Mas não deixa de dizer que "o que é apresentado é assustador pela série de encargos que comporta".

Uma ideia partilhada por Armindo Monteiro, presidente da Compta que diz "o PS estima um crescimento médio de 2,6% o que não me parece realista". O presidente da Compta refere que a tónica de crescimento do PIB assenta no consumo quando deveria assentar no investimento". É, aliás, na captação de investimento e na instabilidade fiscal que os empresários estão menos de acordo com as medidas apresentadas pelo grupo de peritos do PS. Armindo Monteiro diz: "Não há nada ali que incentive o investimento e este é vital para o crescimento da economia. O congelamento da descida do IRC é um disparate". Uma medida que o presidente da Gelpeixe, Manuel Tarré tem também dificuldade em aceitar:

"É contraproducente, o compromisso de IRC devia ser uma prioridade". "As regras do jogo não podem ser alteradas, não pode existir esta indisciplina", argumenta Tarré. Já José Manuel Fernandes, presidente da Frezite garante que "a estabilidade fiscal quer para os investidores estrangeiros quer para os nacionais é vital". E argumenta: "Há aqui muitas variáveis que são de risco e que próximo Governo - caso o PS ganhe as eleições - tem de ter acautelado, caso contrário, podem implicar um agravamento da despesa".

Descida do IVA na restauração é positiva

Se algumas medidas deixam dúvidas no ar, outras como a descida do IVA na restauração são vistas como um incentivo à economia. Está prevista reposição do IVA da restauração nos 13% já em 2016. O grupo de trabalho de economistas do PS estima que a perda de receita será de 300 milhões de euros em 2016, "com impacto de 210 milhões de euros no défice público".

Miguel Júdice, CEO do Grupo Thema Hotels and Resort, considera que o aumento do IVA na restauração para 23% "não faz qualquer sentido" até porque muitas empresas estão com dificuldades financeiras e o facto deste imposto estar tão elevado "só prejudica". Sobre a descida do IVA para 13%, o empresário sublinha que "é uma medida inteligente, de apoio à economia e também ao turismo."

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) saúda a proposta do PS de repor a taxa de IVA da restauração nos 13%. Mário Pereira Gonçalves, presidente da AHRESP, adianta que esta é uma "medida fundamental para a recuperação de um dos sectores que mais gera postos de trabalho em Portugal e cujo contributo para a economia nacional é inquestionável".

O responsável relembra que se perderam 26.400 postos de trabalho só no último trimestre e milhares de empresas que fecharam nos últimos anos no sector com maior peso no Turismo.

Fonte: Económico.pt

 

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