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Paulo Morais está na corrida a Belém e dispara contra Passos e Sócrates

24-04-2015 - Margarida Gomes

O antigo vice-presidente da Câmara do Porto apresentou a candidatura e acusou Passos Coelho de ser “mentiroso”.

Disparou em todas as frentes e assestou baterias às grandes sociedades de advogados, “verdadeiras irmandades, que constituem o símbolo maior da mega central de negócios em que se transformou a política nacional”.

Paulo Morais, o agora candidato à Presidência da República, disse que as presidenciais se transformaram em “concursos para a escolha do maior mentiroso”, garantindo que se for eleito demitirá o Governo que não cumpra as promessas eleitorais.

“Os partidos do poder transformaram os processos eleitorais em circos de sedução em que acaba por ganhar quem é mais eficaz a enganar os cidadãos.

As eleições transformaram-se assim em concursos para a escolha do maior mentiroso. E o troféu em jogo neste concurso é a chefia do Governo”, disse.

Num discurso recheado de críticas ao Governo e ao Presidente, o candidato denunciou a “lista de negócios perdulários celebrados pelos governos, desde a Ponte Vasco da Gama, que Cavaco Silva ofereceu à Lusponte, às actuais privatizações da electricidade e da recolha de lixos, conduzidas por Passos Coelho, passando pelas ruinosas parcerias público-privadas rodoviárias de José Sócrates”.

Foi a partir do Café Piolho, um dos mais emblemáticos da cidade do Porto, que Paulo Morais tornou pública a sua candidatura às eleições de 2016, que tem na corrupção o grande combate. “Foi a corrupção que nos trouxe a crise e a pobreza”, declarou, afirmando que “o próximo Presidente tem de liderar uma estratégia global de combate ao fenómeno de forma transversal, envolvendo o poder legislativo, executivo e judicial

e toda a sociedade”.

O antigo vereador do Urbanismo do Porto pediu tréguas na “promiscuidade que transformou o Parlamento numa central de negócios, com os deputados a usarem o cargo em benefício dos grupos económicos que lhes garantem tenças generosas” e advogou que “as leis mais importantes não poderão ser elaboradas nas grandes sociedades de advogados, em função dos grandes interesses instalados”.

Denunciando que “a corrupção é a marca do regime e que a sua maior consequência é a depreciação das contas públicas”, o candidato presidencial defendeu que “a corrupção é a razão maior dos nossos males”.

“Surge da mais absoluta promiscuidade entre negócios e política. Verdadeiramente, já nem se consegue distinguir entre a política e negócio.”

O tema ocupou boa parte do seu discurso.

O ex-militante do PSD disse que a corrupção é um “fenómeno crónico e reveste características preocupantes”.

“Os casos sucedem-se e são conhecidos: desvio de dinheiros do Fundo Social Europeu para formação, prejuízos na Expo 98, gastos desmesurados e injustificados no Euro 2004, a que se somam os escândalos do BPP, BPN e BES”.

Sampaio da Nóvoa confirma

Dado como certo há mais de um mês, ontem à tarde Sampaio da Nóvoa anunciou que vai ser candidato à presidência e que fará o anúncio formal até ao fim de Abril. O antigo reitor da Universidade de Lisboa disse que não tem acordos com ninguém e que nunca teve “caminhos fáceis”. “Fiz vários impossíveis. Fiz o impossível de juntar as duas grandes universidades de Lisboa.” Nóvoa tem o apoio de vários socialistas mas ainda não apresentou a carta de princípios e o programa de candidatura.

A sua candidatura vai ser “independente” e marcada pelas suas ideias, que apresentará “na altura própria”.

“Ficarei muito contente com todos os apoios que possam decorrer a partir daí, mas nunca antes disso.”

Fonte:Publico.pt

 

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