Edição online quinzenal
 
Domingo 14 de Setembro de 2025  
Notícias e Opinião do Concelho de Almeirim de Portugal e do Mundo
 

Se tivesse dinheiro, Roseta não excluía candidatura a Belém

03-04-2015 - MARIA JOÃO LOPES

Aos microfones da Antena 1, entrevistada por Maria Flor Pedroso, a presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, Helena Roseta, admitiu que não poria de parte uma candidatura a Presidente da República “se tivesse dinheiro” para tal.

Questionada pela jornalista sobre se tivesse dinheiro, seria candidata, Roseta respondeu: “Podia ser. Não punha isso de parte. Mas não tenho.” Entre outros requisitos, disse ter “um percurso mais ou menos extenso na política”.

Ao mesmo tempo que afirma que “gostava de fazer essa experiência”, garante não ter “nenhumas ilusões”: “A razão principal é muito simples. Para fazer uma candidatura presidencial é preciso dinheiro. As pessoas não gostam de falar disto, mas é preciso dinheiro. Por que é que os candidatos precisam do apoio dos partidos? Porque os partidos podem financiar os candidatos presidenciais, o que também é uma coisa estranha. Não deviam”, defendeu, sublinhando que “os candidatos presidenciais que não têm apoio partidário têm de arranjar o dinheiro sozinhos”.

A presidente da Assembleia Municipal explicou que neste momento não tem condições para entrar na corrida: “Fiz a candidatura a Lisboa, nessa altura não tive financiamento público, foi uma candidatura especial. Tive de pagar com a ajuda de amigos, paguei do meu bolso, andei uma data de anos a pagar um empréstimo ao banco, foi bastante dinheiro, 80 mil euros, foi uma opção na minha vida”, lembrou, frisando que não tem “condições para voltar a fazer isso”, sobretudo quando as presidenciais têm uma dimensão nacional. Além disso, não quer pedir a um partido para lhe financiar a campanha, quer “manter” a sua “independência”.

Questionada sobre a possibilidade de o PS de António Costa a apoiar, Roseta acredita que tal seria “difícil”: “Há muitos anticorpos em relação a pessoas que saíram do PS como é o meu caso, embora eu tenha dada a maioria absoluta ao PS em Lisboa”, diz.

Onde estão as mulheres?

Mas o que preocupa verdadeiramente Helena Roseta é a ausência de mulheres na corrida. “Há aqui um problema estrutural da democracia portuguesa. No leque de presidenciáveis, que aparecem nas sondagens, nos jornais, são todos homens.”

Ressalva que “apareceu uma única figura feminina sugerida no PS, Maria de Belém”, que também se falou em Manuela Ferreira Leite, mas continuam a faltar mulheres candidatas. “É impensável, é impensável, do meu ponto de vista, 40 anos depois do 25 de Abril, que não haja, não é uma, é várias candidatas à Presidência da República. Que é o que devia ser. As mulheres são a maioria em Portugal, devia haver várias candidatas.”

E acrescenta: “Já foram muitos anos, é de mais. Acho que é de mais. E aí responsabilizo todos, responsabilizo também a comunicação social, as empresas de sondagens e responsabilizo os partidos. Por que é que não há mais mulheres a dizer “eu gostava de me candidatar”?”, questiona, avançando com algumas explicações, como “um estereótipo ainda vigente na sociedade portuguesa” que permite sobretudo ao homem e não à mulher “manifestar ambição”. Além disso, também “funciona contra as mulheres” serem “tão escassas nas lideranças dos partidos”.

Fonte: Jornal Publico

 

Voltar 


Subscreva a nossa News Letter
CONTACTOS
COLABORADORES
 
Eduardo Milheiro
Coordenador
Marta Milheiro
   
© O Notícias de Almeirim : All rights reserved - Site optimizado para 1024x768 e Internet Explorer 5.0 ou superior e Google Chrome