Encontro/Debate Oficiais das Forças Armadas
20-03-2015 - N.A.
Carta do Presidente da AOFA aos oficiais das Forças Armadas para o encontro/debate de amanhã 21 de Março no ISCTE.
Somos militares mas não é essa condição que nos retira a possibilidade de podermos recorrer ao exercício da nossa cidadania, confrontando os poderes estabelecidos com a avaliação que, como oficiais, fazemos do que nos têm vindo a impor e pretendem eternizar, exigindo outro respeito pela nossa condição militar.
É fundamental fazer sentir que estamos insatisfeitos e indignados com a desconsideração a que temos sido votados!
Particularmente numa altura em que estão na agenda importantes alterações ao EMFAR e à ADM, importantíssimos documentos que interferem com o presente e futuro de todos nós. Havendo, neste momento a certeza de que, uma vez mais, e em letra de forma, se desenha o acentuar das malfeitorias que têm feito recair sobre os militares, em completo desprezo pela “Condição Militar”.
Por isso entendemos que é oportuno erguer a nossa voz, podendo fazê-lo no próximo dia 21MAR (Sábado) em “Encontro/Debate” promovido pela AOFA no ISCTE!
Como militares e, mais ainda, como oficiais, temos a obrigação de dar um sinal a quem tão mal nos trata, de que deve ser invertido o rumo a que temos vindo a assistir!
Jurámos Perante a Bandeira Nacional, servir a Pátria, se necessário com o sacrifício da própria vida, mas nunca sob a condição de sermos maltratados, desconsiderados, humilhados até.
Por isso, olhando para o que nos têm vindo a fazer e ainda para o que se prepara no âmbito do EMFAR e ADM, é fundamental encontrarmos os melhores e mais adequados caminhos para demonstrar a nossa indignação e reverter um caminho que persistentemente aponta para a desconsideração e penalização dos militares!
É, pois, o momento de nos afirmarmos!
Sendo que a melhor e mais democraticamente eficaz forma de o fazer é certamente com aqueles que representamos – os oficiais (Todos, sejam ou não associados da AOFA, do Activo/Reserva/Reforma/RV e RC!).
O Encontro realizar-se-á no ISCTE-IUL, com excelentes acessos.
Importa assinalar que à comunicação social é facultada, apenas, a recolha de informação antes e depois dos trabalhos (normalmente, junto de dirigentes da AOFA), estando-lhe vedada a cobertura do período de debate.
Sobejam-nos razões, já publicamente denunciadas, havendo que prevenir outras e mais gravosas medidas que estão a ser preparadas (EMFAR, ADM, etc.), no âmbito de um objectivo mais vasto – fragilizar a Instituição que servimos deixando o País ainda mais exposto em matéria de Soberania.
Por isso é importante que cada um se mobilize e saia do seu conforto para, em uníssono, proclamarmos um rotundo “chega”!
Digamos que, se há ocasiões em que a quantidade transporta consigo uma imensa qualidade, é este o momento.
Por conseguinte, caro(a) camarada, liberte-se das dúvidas ou receios que porventura ainda o (a) acompanhem e venha ajudar a encontrar maneira de fazer parar este constante atropelo à nossa Condição Militar e à Instituição que servimos!
E dizer que basta!
Que estamos fartos!
O Presidente Manuel Martins Pereira Cracel Coronel

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