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Entre recados a Montenegro e o "assustador" Passos, Pedro Nuno rejeita inquérito às gémeas e pede rapidez no caso de Costa

12-04-2024 - TSF

Em entrevista à TVI, durante mais de uma hora, Pedro Nuno Santos pediu soluções céleres a Luís Montenegro e acusou Pedro Passos Coelho de agitar bandeiras do Chega.

Para Pedro Nuno Santos “seria um erro” deixar para o Orçamento do Estado o aumento dos professores, das forças de segurança e dos profissionais de saúde. O secretário-geral do PS afirma que há margem para resolver esses problemas de forma autónoma, como já desafiou Luís Montenegro.

Em entrevista à TVI, Pedro Nuno Santos reafirmou que o PS está longe de poder aprovar um Orçamento do Estado do PSD, que tem “uma visão muito distinta para o país”, e não pode suportar “a mudança” que Luís Montenegro sugere.

E se o país estiver à beira de uma nova crise política, com o chumbo do Orçamento do Estado, o PS “não será responsável por isso”. “Nós tivemos muita gente a celebrar a viragem à direita do país”, acrescentou, atirando responsabilidades para a maioria de direita que existe no Parlamento.

Depois da troca de cartas entre o Largo do Rato e o Palácio de São Bento, ao longo desta segunda-feira, Pedro Nuno Santos nota “uma dose arrogância” na resposta do primeiro-ministro, lembrando que o PSD não tem autonomia para viabilizar sozinho matérias que alterem a despesa.

“A carta não deixa de ter a dose de arrogância que Luís Montenegro tem mostrado desde as eleições legislativas”, atirou, lembrando que o PSD não falou com o PS para a eleição de José Pedro Aguiar-Branco como presidente da Assembleia da República, fiando-se na aprovação pelos deputados do Chega.

Caso de Costa “não é brincadeira”. Pedro Nuno Santos pede “urgência”

Saiu António Costa, entrou Luís Montenegro, mas nem por isso o ex-primeiro-ministro deixa de ser assunto de conversa, desde logo, pela Operação Influencer. António Costa ainda não foi ouvido pela Justiça, e Pedro Nuno Santos pede que seja o caso seja “resolvido com urgência”.

“O caso que envolve o ex-primeiro-ministro não é um caso qualquer. Estamos a falar de um ex-primeiro-ministro que liderava um governo apoiado por uma maioria absoluta, maioria essa, aliás, um Parlamento que foi dissolvido, estamos eleições, temos um novo governo. Isto teve consequências democráticas profundas”, acrescentou.

A operação que levou à queda do Governo “não é uma brincadeira qualquer”, palavras de Pedro Nuno Santos, pelo que “é natural que seja exigido não só tratamento com respeito, urgência e celeridade em relação a António Costa”, mas também para que os portugueses fiquem esclarecidos.

Quanto mais rápido o caso for esclarecido, maiores probabilidades terá António Costa de seguir um novo passo na carreira política, talvez como presidente do Conselho Europeu, o que seria “bom para a Europa e para Portugal”.

Pedro Nuno Santos aconselha até o Governo liderado por Luís Montenegro a ser “proativo” no apoio a António Costa para um dos cargos mais altos em Bruxelas. Recusa, no entanto, esclarecer se o antigo primeiro-ministro vai ser o cabeça de lista do partido às eleições Europeias, prometendo que, depois da discussão do programa do Governo, o PS apresentará os seus candidatos.

Comissão de inquérito ao caso das gémeas “não acrescenta nada”

Nesta entrevista, que durou mais de uma hora, Pedro Nuno Santos foi ainda questionado sobre uma possível comissão de inquérito ao caso das gémeas luso brasileiras, como defende o Chega, mas o socialista considera que “não acrescentaria nada”.

“Nós estamos a banalizar o exercício da comissão parlamentar de inquérito. Neste momento, ainda não iniciámos verdadeiramente o trabalho regular na Assembleia da República. e já há quatro propostas para quatro comissões parlamentares de inquérito. A comissão parlamentar de inquérito que não vai acrescentar nada a este tema”, defendeu.

Garante, no entanto, que o caso preocupa o partido “porque a confiança dos cidadãos nas instituições tem de ser à prova de bala”: “Há dúvidas e isso gera um sentimento de injustiça no acesso aos serviços públicos e, neste caso, ao Serviço Nacional de Saúde”.

Passos Coelho agita bandeiras do Chega: “Assustador”

Além de António Costa, um outro antigo primeiro-ministro surgiu na conversa - Pedro Passos Coelho – depois de ter apresentado um livro que é contra a “destruição da família tradicional”. Para Pedro Nuno Santos, Passos Coelho está a agitar bandeiras da extrema-direita.

“É assustador que um ex-primeiro-ministro tenha alinhado neste discurso que é um discurso da extrema-direita, que deve ser combatido, vai ser sempre combatido pelo PS sem hesitação e eu espero ter connosco a juventude portuguesa para nós combatermos o regresso a um passado em que ninguém quer voltar”, afirmou

Pedro Nuno Santos acrescenta que “não sabe o que isso de família natural” e reitera que “é preocupante que a direita tradicional assuma bandeiras da extrema-direita, que atentam à forma de vivermos”.

 

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