"País continua injusto." Movimento pelo Interior regressa seis anos depois e desafia partidos políticos
16-02-2024 - Cristina Lai Men/Maria Ramos Santos
Entre as medidas defendidas pelo movimento estão o aumento para 25% do número de estudantes no Ensino Superior na região do interior.
O Movimento pelo Interior renasce seis anos depois e desafia os partidos políticos a olhar para um “país injusto e desequilibrado” durante o período de campanha eleitoral.
Num artigo de opinião publicado no jornal Público na quinta-feira, os signatários do texto - Álvaro do Santos Amaro, António Fontainhas Fernandes, Fernando Campos Nunes, José Albino da Silva Peneda, Miguel José Ribeiro Cadilhe, Nuno André Pereira, Pedro Manuel Gonçalves Lourtie e Rui Jorge Santos - propõem a ideia de um "Novo MpI" à Associação do Círculo de Estudos do Centralismo.
Em declarações à TSF, Álvaro Amaro explicou que “o país continua sem a coesão necessária e desejada em termos de justiça de território e pessoas” e que o movimento renasceu “de uma maneira absolutamente construtiva”.
“Desafiamos os partidos porque é uma questão de coragem política, quase diria de verdadeiro pacto para a coesão”, acrescentou o antigo eurodeputado.
Entre as medidas defendidas pelo movimento estão o aumento para 25% do número de estudantes no Ensino Superior na região do interior e o regime especial de IRS exclusivo para esta zona do país. No entanto, Álvaro Amaro sublinhou que um dos objetivos do movimento é que exista uma transferência anual de serviços do Estado para o interior.
“Não se compreende (...) Hoje estamos todos à distância de um clique, porque é que tantos serviços continuam a estar instalados em Lisboa? Nós propomos medidas fortes e, por isso, o nosso desafio aos políticos. Mas, repito, é um desafio construtivo”, atirou.
O Movimento pelo Interior surgiu em 2017 e juntava nomes como os de Jorge Coelho e Rui Nabeiro. Um ano depois, responsáveis deram por terminada a missão após terem entregue um relatório ao Presidente da República, da Assembleia da República e ao primeiro-ministro em cerimónia no Museu dos Coches, em Lisboa.
Fonte: TSF
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