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Rússia destrói museu, alega ter cercado Bakhmut e ameaça romper tratado

28-04-2023 - César Avó

Ao ataque no nordeste e à ameaça a leste da Ucrânia, Moscovo junta o aviso de que poderá pôr fim à não-proliferação nuclear em mísseis de curto e médio alcance.

Duas mulheres morreram e outras dez pessoas ficaram feridas na sequência de um bombardeamento que destruiu o museu de História de Kupiansk, na região de Kharkiv. Cerca de 150 quilómetros a sul daquela cidade libertada em Setembro, Bakhmut resiste, como dizem os ucranianos e seus apoiantes, mas para Moscovo será uma questão de tempo porque alega ter cercado a urbe. No campo político-diplomático os russos ameaçam romper outro tratado de não-proliferação nuclear e, ao mesmo tempo, estão a mediar o reatar das relações entre Turquia e Síria.

Horas depois de os Serviços de Informações Militares ucranianos terem afirmado que a Rússia está a produzir e armazenar mísseis para responder à contra ofensiva ucraniana, os militares russos responderam com o lançamento de um míssil contra o museu local de Kupiansk, e cinco bombas aéreas guiadas na região de Kherson.

O Ministério da Defesa russo preferiu destacar a alegação de que o Exército ucraniano não consegue transferir reforços para Bakhmut. Ou seja, que a cidade sob ataque desde Agosto está cercada. Já o tinha dito no passado, sendo desmentido pelo grupo de mercenários Wagner.

Enquanto isso, o chefe do ministério, Sergei Shoigu, foi anfitrião de conversações com o intuito de retomar as relações entre a Turquia e a Síria, cortadas no início da guerra civil deste último país em 2011. Shoigu recebeu os homólogos da Defesa da Síria, da Turquia e do Irão - no dia em que o Wall Street Journal garante que Teerão forneceu a Moscovo via Mar Cáspio mais de 300 mil projécteis de artilharia e um milhão de cartuchos de munições - e manteve conversações bilaterais.

Uma mediação bem-sucedida do Kremlin daria a Vladimir Putin um prémio diplomático, depois da condenação internacional originada pela invasão à Ucrânia. E de certa forma é uma resposta à mediação chinesa que resultou no reatar das relações entre o Irão e a Arábia Saudita - que têm também como pano de fundo o fim do isolamento do sírio Bashar al-Assad.

O Ministério da Defesa turco salientou a "atmosfera construtiva" da reunião, durante a qual as partes discutiram "a questão da intensificação dos esforços para o regresso dos refugiados sírios às suas terras" e todos os participantes "reafirmaram o respeito pela integridade territorial da Síria", acrescentaram os turcos, citados pela AFP.

Em sentido inverso, a Rússia ameaçou abandonar a moratória sobre a instalação de mísseis nucleares de curto e médio alcance. Para Vladimir Yermakov, responsável russo pela não-proliferação nuclear, a possível medida justifica-se pelas acções dos EUA.

Fonte: DN.pt

 

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