UE 'profundamente preocupada' com a detenção de menores palestinianos por Israel
19-01-2018 - Landau - Haaretz
Representantes da organização na região advertiram Israel contra os ataques aos direitos das crianças, pedindo que o país, enquanto 'poder ocupante', trate os menores palestinianos de forma responsável.
Representantes da União Europeia na Cisjordânia e em Gaza divulgaram, na sexta-feira, uma declaração em que expressaram "profunda preocupação" com as prisões de menores palestinianos.
Eles destacaram, em particular, três factos recentes e de grande repercussão: as prisões de Ahed Tamimi e Fawzi Muhammad al-Juneidi (adolescente palestino de dezasseis anos cuja prisão foi filmada, mostrando-o sendo cercado por soldados em Hebron) e o tiroteio que resultou na morte de Musaab al-Tamimi, de dezassete anos de idade, parente de Ahed.
O caso de Ahed Tamimi, ativista palestina de dezasseis anos detida desde dezembro, chamou atenção e gerou críticas. Sua prisão aconteceu depois que deu uma bofetada em um soldado israelense. Desde então, Ahed foi alvo de cinco denúncias feitas pelo promotor militar do exército israelita, que a acusa de agredir e atirar pedras nas forças de segurança.
Sua mãe, Nariman Tamimi, foi acusada de incitamento nas redes sociais e por agressão.
Os representantes da União Europeia e os chefes da missão em Jerusalém e em Ramallah estimam que cerca de 300 menores palestinos encontrem-se actualmente detidos por Israel.
No texto, os representantes lembraram a importância de defender os direitos das crianças, especialmente durante uma prisão, e convidaram as autoridades israelitas a "responder aos protestos de forma proporcional e a abrir investigações após mortes, particularmente quando houver menores envolvidos".
"A União Europeia e as missões da UE em Jerusalém e Ramallah continuam a promover e proteger os direitos da criança”, conclui a declaração. “E pedimos a Israel que aja apropriadamente, como poder ocupante e portador de deveres".
Tradução de Clarisse Meireles
Fonte: Carta Maior
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