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Parlamento Europeu vota na próxima semana a destituição de Ursula von der Leyen

04-07-2025 - Vincenzo Genovese

O eurodeputado proponente da moção de censura afirma ter recolhido assinaturas suficientes para dar início ao processo. Se for oficialmente confirmada, o debate e a votação terão lugar durante a sessão plenária de julho, em Estrasburgo.

O Parlamento Europeu vai debater e votar, na próxima semana, uma "moção de censura", um voto de desconfiança contra a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o seu Colégio de Comissários.

O eurodeputado romeno Gheorghe Piperea, do partido ultra-conservador AUR, afirma ter recolhido 73 assinaturas para a sua moção - uma a mais do que o limite mínimo de um em cada dez eurodeputados (72) necessário para iniciar o processo.

De acordo com o gabinete de Piperea, 32 membros do seu grupo político, os Conservadores e Reformistas Europeus (ECR), apoiaram o pedido. As restantes assinaturas vieram dos grupos de extrema-direita Patriotas pela Europa (6), Europa das Nações Soberanas (26) e de eurodeputados não inscritos.

As assinaturas dos eurodeputados estão agora a ser verificadas e validadas pelos serviços do Parlamento Europeu, de acordo com fontes internas.

A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, informará formalmente os eurodeputados da apresentação de uma moção de censura.

O debate em plenário sobre o pedido de demissão  deve  então ser agendado pelo menos 24 horas após o anúncio, e a votação sobre o assunto deve ter lugar pelo menos 48 horas após o início do debate.

Fontes parlamentares disseram à Euronews que o debate poderá ter lugar na terça-feira, 8 de julho, e a votação na quinta-feira, 10 de julho, desde que a presidente Metsola anuncie a moção até ao final desta semana.

No entanto, qualquer eurodeputado signatário pode retirar o seu apoio à moção em qualquer altura. Se o limiar de um décimo deixar de ser atingido, o processo é interrompido.

Para que a moção de censura seja adotada, é necessário que pelo menos dois terços dos votos expressos, representando a maioria dos deputados, apoiem a moção.

Uma moção de censura com poucas hipóteses

Esta moção tem poucas hipóteses de ser aprovada, como reconheceu o próprio eurodeputado que a propôs, em entrevista à Euronews.

"Vai haver um voto contra a moção: Tenho a certeza disso, porque a maioria ainda está com von der Leyen. E mesmo que nesta maioria haja muito descontentamento contra von der Leyen, para já não a vão forçar a demitir-se", disse Piperea.

No entanto, o eurodeputado romeno espera que a iniciativa possa "abrir uma caixa de Pandora", encorajando novas moções de censura nos próximos meses. "É importante que tenhamos este processo democrático para forçar este tipo de debate. Mesmo que a minha moção não seja bem sucedida, provavelmente haverá outras no futuro que serão bem sucedidas", afirmou.

A moção de censura assenta em três acusações principais, a primeira relacionada com mensagens de texto trocadas entre a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o diretor executivo da Pfizer, Albert Bourla, durante as negociações da vacina contra a COVID-19.

"O Tribunal de Justiça da UE, no Luxemburgo, declarou que a Comissão Europeia devia divulgar essas mensagens de texto [...] A Comissão Europeia rejeitou o pedido. É uma questão de separação de poderes numa democracia: se não se pode aceitar uma decisão da justiça, isso significa quebrar o Estado de direito", afirma Piperea.

Outras acusações incluem a alegada utilização incorreta dos fundos pós-COVID e uma alegada tentativa da Comissão Europeia de promover as suas políticas ecológicas através do financiamento de ONG para pressionar os deputados europeus, ambas negadas pela Comissão.

Fonte: Euro News

 

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