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Vacinas contra gripe e covid-19 sem receita e gratuitas. Agendamento já pode ser feito

22-09-2023 - Ana Mafalda Inácio

Vacinação começa a 29 de setembro. Desta vez, nas farmácias, havendo 2300 que já se inscreveram na plataforma onde ficará a saber se a do seu bairro participa neste processo e onde poderá agendar a sua administração. Ordem dos Farmacêuticos diz estar tudo pronto e que a única preocupação "é acabar com o mito de que a vacina da covid já não é necessária".

O que tem de diferente o processo de vacinação contra a gripe e covid-19, este ano? Pois bem, segundo a Ordem dos Farmacêuticos, (OF) não é muita coisa, mas acredita-se que seja "mais cómodo para os utentes", referiu ao DN o secretário-geral da OF, Ricardo Santos. Desde logo porque a vacinação é gratuita, não necessita de receita e pode ser tomada numa farmácia comunitária, na do bairro de cada utente.

Será assim para todas as pessoas a partir dos 60 anos. "A única exceção é para aquelas que ainda não tenham o esquema vacinal contra a covid-19 completo", diz Ricardo Santos, explicando: "É isto que impõe a norma da Direção-Geral da Saúde, que quem estiver nesta faixa etária e nunca foi vacinado contra a covid tem de ser vacinado num centro de saúde. Não é por qualquer questão de segurança relativa às farmácias, mas apenas para se respeitar a orientação".

No ano passado, ambas as vacinas também já foram administradas ao mesmo tempo para os que tinham essa indicação, mas o processo começava com a notificação do SNS ao utente, para que este se deslocasse no dia marcado a um centro de vacinação ou a um centro de saúde para a sua administração.

Este ano, a toma das vacinas poderá ser feita em 2300 farmácias espalhadas pelo país, cuja listagem já está disponibilizada neste link, e o agendamento numa plataforma ​criada, propositadamente, para este fim. Através desta, o utente pode ficar a saber se a farmácia do seu bairro participa neste processo e agendar logo a sua vacinação. Mas "o agendamento também pode ser feito através de um telefonema do utente para a farmácia ou por uma ida ao balcão", sublinha Ricardo Santos. O objetivo é facilitar este processo para o utente.

De acordo com a autoridade de Saúde, estima-se que haja 2,5 milhões de pessoas elegíveis com 60 ou mais anos para serem vacinadas contra a gripe e covid-19. Uma estimativa que está a levar algumas farmácias a prepararem-se "para funcionarem como uma casa aberta, sobretudo as que têm mais recursos humanos e horários alargados", diz o dirigente da OF.

No entanto, assume, "haverá outras que, se calhar, terão de alocar mais recursos, se quiserem garantir a vacinação a um grande número de portugueses e com segurança", mas acredita que a maioria conseguirá fazê-lo sem esta necessidade, porque existem "6100 farmacêuticos com competências para a vacinação distribuídos por todo o país".

Ricardo Santos refere ainda ao DN que a passagem desta tarefa para as farmácias era uma das reivindicações da classe, para se afirmar cada vez mais como um setor que funciona de forma complementar com o SNS. Por exemplo, com a passagem da vacinação para as farmácias "os profissionais dos centros de saúde, sobretudo da enfermagem, estão livres para outras funções".

As vacinas já estão em Portugal e deverão chegar às farmácias na próxima semana para que os utentes comecem a ser vacinados a 29 de setembro. O processo tem início com a requisição de vacinas das farmácias ao SUCH (Serviços de Utilização Comum dos Hospitais), que as enviará aos distribuidores habituais para que estes as façam chegar a cada uma das 2300 farmácias no país.

Para os farmacêuticos, neste momento, apenas há uma grande preocupação e dificuldade que é "combater o mito de que a vacina contra a covid-19 já não é necessária". "Não é verdade, e este combate compete a todos os profissionais de saúde. A mensagem sobre a vacinação tem de ser clara e adequada para ter sucesso".

Do lado das autoridades, o diretor-geral da Saúde em exercício, André Peralta, já fez saber que será lançada "uma campanha para reforçar a comunicação à população, a partir do dia 25, para promover a vacinação e informar os cidadãos elegíveis sobre como fazer este processo nas farmácias", explicando mesmo não ser "novidade as farmácias apoiarem a vacinação sazonal, pois já o faziam para a gripe, e com boa articulação e boa experiência".

André Peralta Santos, que foi ouvido na manhã de ontem na Comissão Parlamentar da Saúde, sublinhou também o facto de este processo permitir "transferir alguma carga da vacinação dos cuidados de saúde primários para as farmácias".

Além disso, "a experiência fez com que fossem criados sistemas de informação preparados para a comunicação das vacinas administradas em farmácias", de forma que estes dados possam "migrar para o sistema central de informação sobre as vacinas". Tudo isso permite que o processo seja "acompanhado em tempo real".

Vacina da gripe mais forte para os lares

Peralta Santos informou ainda que a vacina da gripe que vai ser administrada nos lares terá uma dose mais elevada para uma proteção acrescida e que a da covid-19 já está adaptada às novas variantes em circulação.

O coordenador da Comissão Técnica de Vacinação, Luís Graça, também ouvido pelos deputados, referiu mesmo que, tal como aconteceu anteriormente, "seria desadequado não priorizar os grupos de maior risco, os mais idosos, os residentes nos lares e os profissionais de saúde". Ou seja, "o alargamento a outras faixas etárias poderá ser considerado, (...) desde que não impacte nesta vacinação dos grupos prioritários", afirmou.

Luís Graça sublinhou ainda a importância da vacinação, já que esta "faz com que o país tenha uma cobertura vacinal muito superior a outros em que houve um conflito entre a parte técnica e outros aspetos fora da técnica", acrescentou.

Fonte: DN.pt

 

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