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HISTÓRIAS - I

11-01-2019 - Henrique Pratas

Sem pretender maçá-los, ao longo dos meus 37 anos de trabalho já assisti e vi muitos episódios que considero dignos de serem contados.

Hoje recordei-me de um, que coloco já no papel antes que me esqueça, porque a minha cabeça já não é o que era, a informação é muita decorrente da experiência profissional, mas como o dia está frio por aqui lembrei-me de um episódio de quando eu exerci funções de Diretor Financeiro de um organismo público, que eu observei mas que nunca comentei com a pessoa que praticava o que lhes vou contar.

Então o que se passava era o seguinte a pessoa era muita metódica, trabalhadora, assertiva, enfim era fácil trabalhar com ela, mas um belo dia, muito tempo, depois de eu lá estar reparei num facto que nunca tinha dado por isso.

Ela levava o calçado que utilizava para se andar nas ruas e quando lá chegava tinha um par de pantufas que trocava por aquelas que eram de andar na rua e certamente muito mais confortáveis e quentes, particularmente nos dias mais frios ou em que a chuva apertava.

Reparei na situação mas nada disse, continuou tudo como se nada se passasse e eu não soubesse de nada, estive foi mais atento ao “processo”.

Eu que pensava que isto só acontecia nos dias mais frios ou chuvosos, fiquei na expectativa de ver o que é que acontecia nos dias mais quentes. Chegou a Primavera e os primeiros dias de calor e o procedimento mantinha-se, esperei pelos dias de calor abrasador. Eles chegaram e o comportamento manteve-se completamente igual.

Isto para vos escrever que temos que estar atentos a todos os sinais ou comportamentos das pessoas porque só assim é que as conseguimos entender e perceber quais são os seus hábitos. Eu levei o meu tempo para me aperceber deste episódio mas como entendi que a forma de ser e de estar da pessoa não interferia em nada no desempenho das suas funções nada lhe disse ou fiz qualquer tipo de comentário. Temos, na minha opinião que entender todos os sinais, comportamentos, formas de ser e de estar se quisermos entender as pessoas e saber como geri-las.

Eu, como vos escrevi não comentei nada, mas comigo outras pessoas que trabalhavam noutras áreas, mesmo ao nível de responsáveis, faziam chacota da atitude da pessoa, só que bateram sempre na porta errada, a minha resposta foi sempre “em que é isso o/a prejudica?”, ficavam completamente desarmados e sem resposta.

Peço desculpa pelo atrevimento, mas como vos escrevi, por este “corpinho” já passaram muitos episódios, uns que nunca esqueço, outros que me vou lembrando amiudadamente, caso deste que nunca valorizei, mas que hoje me recordei e o coloquei de imediato antes que me esqueça.

Henrique Pratas

 

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