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IGUALDADE DE OPORTUNIDADES

21-12-2018 - Henrique Pratas

Esta temática foi objeto de cofinanciamento e um conceito muito “acarinhada” pela União Europeia e pelos diferentes organismos que a compõem. Foram feitos vários estudos sobre a temática e todos eles de excelente qualidade, apontando as medidas que devem ser tomadas para que deixasse ou se esbatesse a desigualdade existente.

Até este ponto udo bem, mas agora interessa ver no real se o que se “produziu” estar a ser aplicado ou não e nesta fase encontramos muitas disparidades, umas entidades praticam-na, outras, a maior parte nem por isso e vimos por exemplo a idade surgir como um elemento impeditivo para se contratar alguém que possua um curriculum minimamente aceitável e com alguma experiência profissional. Meus amigos, a idade é um fator de descriminação e de desigualdade de tratamento, mesmo nos organismos públicos, que na minha opinião deviam dar o exemplo no desenvolvimento e aplicação desta medida, mas como se pode constatar não o é.

Por um lado temos a idade limite para a reforma a aumentar por outro o mercado de trabalho cerceia as capacidades dos seniores poderem aceder a um posto de trabalho, coisa que nos Estados Unidos e noutros Países funciona ao contrário em determinadas áreas como a financeira, ligada à Banca, já há muito tempo que nos Estados Unidos se dá mais atenção aos seniores para o desempenho que tenham a ver com a gestão da carteira de clientes. No entender deles alguém que tenha experiência e mais de 55 anos à partida terá maior facilidade em transmitir confiança aos potenciais investidores, captação das poupanças e aplicação das mesmas.

Eu entendo que não se deva privilegiar esta classe etária, mas atendendo aos objetivos de cada entidade bancária, acho que seja um facto a considerar e muito mais importante seria, a colocação de gente mais nova a trabalhar em conjunto com os seniores, porque era uma forma destes passarem o seu conhecimento e simultaneamente aprenderem com os mais novos, porque este processo é biunívoco.

Por cá as coisas são como são e já vimos que não há volta a dar, tanto se desprezam uns como outros, mas o que funciona é a “cunha” e o “apadrinhamento”.

Por esta causa e por outras é que as nossas empresas privadas e públicas demonstram ter pouca eficácia e eficiência e na área da prestação de serviços nãos somos aquilo que podíamos ser “excelentes”.

Há muito caminho para percorrer nesta área como noutras mas nesta seria primordial para evitar conflitos entre gerações e para que crescêssemos de uma forma sustentada e bem alicerçada, até nos convencermos de que isto é exequível, vamos andar à deriva.

Temos que aprender que ninguém sabe tudo, uns sabem muito de uma coisa e outros sabem muito de outras coisas e é na conjugação destas duas vontades de trocar experiências e conhecimentos que uma sociedade se torna muito mais culta.

O resultado da aplicação desta medida “igualdade de oportunidades”, geraram mais desigualdades e afastamento de gerações, mas como estamos em época natalícia, façamos de conta que nada se passa e tudo é como gostariam que fosse.

Henrique Pratas

 

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