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Almeirim sem abastecimento de água

28-07-2017 - Henrique Pratas

Almeirim foi na terça-feira (8-8) abertura dos noticiários nacionais pela pior das razões pelos diferentes órgãos de comunicação social.

Almeirim está sem abastecimento de água, parece inacreditável mas é verdade. Eu bem que gostaria que a notícia de abertura matinal não fosse esta mas sim outra de cariz mais positivo de forma a colocar Almeirim no mapa pelas melhores razões.

O colapso de um dos furos de abastecimento a Almeirim está a afetar o fornecimento normal de água a toda a cidade e na aldeia da Tapada, num total de cerca de 14 mil pessoas, afirmou o presidente da autarquia.

Esta madrugada entrou areia no sistema da rede de canalização, uma avaria que acontece de 20 em 20 anos, e está a afetar o normal abastecimento a toda a cidade", afirmou Pedro Miguel Ribeiro, referindo que a avaria "obriga a fazer descargas da água que já se encontra na rede para limpeza das areias, o que, tendo em conta o seu volume e as dezenas de quilómetros de conduta, poderá demorar várias horas ou mesmo todo o dia".

Segundo o autarca, " talvez durante a noite as zonas mais baixas da cidade possam recomeçar a ser reabastecidas, uma vez que o sistema é composto por vários setores, mas, neste momento, não é possível antecipar com exatidão esse momento".

"Os bombeiros estão preparados para poder abastecer", em situações que se verifique essa necessidade, acrescentou.

Segundo um comunicado da empresa intermunicipal Águas do Ribatejo, "os serviços encontram-se a realizar os procedimentos necessários para o restabelecimento das condições normais de abastecimento", tendo desaconselhado ainda "o uso da água da rede de distribuição", e a "evitar-se a utilização de máquinas de lavar e outros equipamentos ligados diretamente à rede pública".

Este colapso de um dos furos decorreu "por motivo do abaixamento dos níveis de água no subsolo" o que, "consequentemente, afetou o abastecimento de água", tendo perspetivado que a normalização da situação possa ocorrer "cerca das 22:00".

A Águas do Ribatejo anunciou também que já iniciou os procedimentos para a construção de um novo furo, com caráter de urgência.

Depois de casa roubada trancas na porta, acrescento eu, então quem construiu o furo inicial não pensou que a população iria crescer e não se acautelou com estes possíveis acontecimentos, a isto eu chamo falta de visão para não lhe chamar outra coisa.

Recuando aos tempos do Sebastião José de Carvalho e Melo, mais conhecido por Marquês de Pombal, que andou para ser morto pelo simples facto de ter construído as ruas do Ouro, Augusta, da Prata, assim como o passeio público da Avenida da Liberdade com um tamanho descomunal para a época, hoje são pequenas, mas o homem tinha razão, há que construir as coisas a pensar no futuro e não no imediato.

Nos dias de hoje o que acontece em Almeirim não tem justificação de espécie nenhuma, estava bem à vista de todos que o solo freático iria baixar a partir do momento que em Espanha construíram uma barragem para “apresar” as águas do Tejo e as converter em energia elétrica, há muito tempo que era previsível que isto acontecesse, mas nada se fez ficou-se à espera que acontecesse, é aquela do talvez nos safemos, mas quando as coisas acontecessem quem sofre é sempre o povo.

Considero perfeitamente inoportuna a comunicação da empresa Águas do Ribatejo, “que anunciou que já iniciou os procedimentos para a construção de um novo furo, com caráter de urgência”, afirmou isto por necessidade ou porque as eleições autárquicas se aproximam.

Meus senhores sejam profissionais e não giram as coisas em função dos vossos interesses pensem ao menos um bocadinho, de vez em quando na população que os elegeu, ou que os colocou no exercício de funções para os quais alguns não têm competência de espécie nenhuma a não ser o compadrio e o facto de fazerem favores a este e àquele.

Portugal só vai mudar de rumo quando à frente das organizações sejam elas de cariz público ou privado estejam pessoas competentes, com provas dadas e não comissários políticos, ou afilhados de muitos padrinhos e madrinhas. O profissionalismo, ganha-se fazendo, não é ficando à sombra de este ou daquele, quando quiserem que este País seja de facto um País, coloquem profissionais à frente da Administração Local, ou Central, dos organismos públicos, das parcerias públicas ou privadas e vão ver que os resultados vão aparecer até lá vamos continuar a brincar ao faz de conta.

Henrique Pratas

 

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