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As Autarquias como agentes dinamizadores da Educação e Sensibilização Ambiental
Autor: João Torres

18-04-2014

O “Pensar Global, agir Local” encerra em si um princípio que quanto a mim serve de “alavanca” para que todas as questões e compartimentos ambientais sejam estudados de forma a continuarmos na busca incessante de vivermos num Planeta no qual os recursos por ele disponibilizados sejam utilizados de uma forma sustentável.

No meu entendimento temas como a água, o solo, o ar, a terra e os seres vivos quer animais quer vegetais e as suas interacções devem ser abordados de uma forma científica e esclarecedora aquando da passagem de informação através da Educação e Sensibilização Ambiental.

Quando refiro esclarecedora contemplo sobretudo o conhecimento de causa, ou seja, a passagem de informação validada com bases científicas correctas de forma a não serem feitas quaisquer confusões que permitam no futuro incorrer em erro qualquer receptor, sobre o efeito da aprendizagem. Para isso há que formar docentes através de parcerias com entidades como a Agência Portuguesa de Ambiente e mesmo com a Escola Superior Agrária através do curso de Engenharia do Ambiente que disponibilizem técnicos que possam adequar os conteúdos a serem abordados e inseri-los com os docentes e o seu conhecimento pedagógico.

Terá que existir desta feita um trabalho de conhecimento profundo nas várias áreas de abordagem dos variados temas contemplados na Educação e Sensibilização Ambiental.

O relacionamento da humanidade com a natureza, que teve início com um mínimo de interferência nos ecossistemas, culminou, nos dias de hoje, com uma forte pressão exercida sobre os recursos naturais.

Actualmente é comum a contaminação dos cursos de água, a poluição atmosférica, a devastação das florestas, entre muitas outras formas de agressão do meio ambiente.

Torna-se clara a necessidade de mudar o comportamento do homem em relação à natureza, no sentido de promover, sob um modelo de desenvolvimento sustentável, a compatibilização de práticas económicas, com reflexos positivos evidentes na qualidade de vida dos cidadãos.

A Educação Ambiental constitui-se assim numa forma abrangente de educação dos cidadãos, através de um processo que procura incutir no educando uma consciência crítica sobre a problemática ambiental.  (Fonte : Educação Ambiental – Portal do Ambiente e do Cidadão da Maia).

As autarquias através da sua capacidade logística no sentido de coordenar necessidades materiais para implementação dos Projectos de Educação Ambiental deverão ser agentes dinamizadores deste princípio.

As campanhas de sensibilização “porta a porta” nas quais certos aspectos de carácter Ambiental são referenciados, são instrumentos de base a serem cada vez mais utilizados de forma a conseguir fazer chegar a informação devida para que de certa forma o mau uso dos recursos postos à disposição da população seja redireccionado.

Mas existe aqui uma pedra de toque que deverá ser bem trabalhada: a forma de abordagem dessas temáticas e o zelo com que essa informação é transmitida. O recurso a uma linguagem simples, objectiva e muitas das vezes recorrendo a aspectos gráficos apelativos poderão ser linhas de acção a ser tomadas em conta.

A concreta explicação do princípio do utilizador pagador deverá ser efectivada não através de uma linguagem austera e até coloquial, mas sim com uma mensagem simples na qual as pessoas entendam a questão subjacente e mesmo elas possam de futuro divulgar tal sentido junto de outros.

A Autarquia de Almeirim através da “Folhambiente” (pequeno “Flyer” mensal que reporta em si boas práticas Ambientais) tenta atingir o público em geral para que certos bons hábitos possam vir a ser adquiridos. No entanto atente-se para um facto que quanto a mim é de extrema importância e que se relaciona com a circunstância de que, eu considero que a mesma brochura não reparte o seu conteúdo equitativamente entre a preocupação Ambiental e a preocupação Política de captação de futuros eleitores. Não digo com isto que não deverão ser tidas em consideração ambas as preocupações, mas, e também na minha opinião, a preocupação mais premente deverá recair em maior percentagem em termos Ambientais.

Questiono-me muitas vezes sobre o porquê deste tipo de informação chegar em grande quantidade aos maiores centros populacionais e de certa forma esquecer os meios mais pequenos, também eles carentes deste género de informação.

Surgiu entretanto no decorrer do ano de 2010 uma reedição do Manual do Educador Ambiental, também ele da responsabilidade da Autarquia de Almeirim que encerra em si alguns exemplos de trabalhos práticos que poderão ser dinamizados, em forma de receita, junto de Professores e Encarregados de Educação ou mesmo pelo comum dos Munícipes.

João Torres

Engenheiro do Ambiente

 

 

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