28-03-2014

Fazendas de Almeirim, como já tive oportunidade de descrever, é um local que se distingue de Almeirim, anteriormente analisada, por ser de índole mais rural.

O local de Fazendas de Almeirim encerra em si o Agrupamento de Escolas com o mesmo nome. Aqui encontramos as escolas de Fazendas de Almeirim, Paço dos Negros, Marianos e Raposa.

Durante o meu processo de análise dos Programas de Educação e Sensibilização Ambiental neste agrupamento, constatei que os Jardins de Infância do mesmo se inscreveram neste ano lectivo de 2010/2011 no Programa Eco Escolas.

São eles os jardins-de-infância seguintes:

Solicitei, a dado momento, uma reunião com o Conselho Escolar referente ao 1º ciclo, no sentido de tentar perceber o porquê de não haver qualquer tipo de envolvimento do corpo docente com qualquer género de actividades que contemplassem a Educação e Sensibilização Ambiental. A resposta abarcou duas teses. A primeira que se refere ao facto de que o programa pré estabelecido no 1º ciclo não deixar “margem de manobra” suficiente em termos de tempo no sentido de participar ou mesmo criar qualquer tipo de projecto desse carácter, já que acarretaria, segundo o que me foi relatado, o sacrifício de outro tipo de projectos já pré-estabelecidos pelo próprio Ministério da Educação nomeadamente pela Direcção Regional de Lisboa e Vale do Tejo.

A segunda por desconhecimento dos próprios docentes das várias questões ambientais (motivo mais do que suficiente para que se implementassem acções formativas aos mesmos, nesse âmbito).

O Programa Eco Escolas, tal como referenciado anteriormente, encontra-se em processo de candidatura e já com uma série de actividades calendarizadas e efectuadas nos Jardins de Infância deste mesmo Agrupamento. O plano de acção do Programa Eco Escolas contempla as seguintes temáticas:

Como podemos verificar pelas temáticas a serem abordadas existiu por parte dos responsáveis pelo projecto uma preocupação em abordar compartimentos ambientais próximos e um outro que fosse de certa forma “distante” da realidade da Freguesia respectivamente a Floresta e o Mar mas que por outro lado, abordassem questões presentes no quotidiano deste público-alvo.

Sendo em si um local com áreas bastante apreciáveis em termos de terreno agrícola e florestal a base de trabalho no sentido de visitar locais de interesse poderá ser uma mais-valia já que se encontram mesmo ”à porta da escola”.

O contacto físico do público-alvo com estas realidades não se prenderá meramente com actividades “indoor” mas sim com uma larga componente prática.

Se reflectirmos um pouco sobre a realidade existente em Lisboa, surgiu a determinada altura uma necessidade quase premente de retratar em determinados locais (Quintas e Hortas pedagógicas) a realidade do conceito de Educação e Sensibilização Ambiental em si mesmo de forma a objectivar de certa forma o conhecimento a apreender.

O inicio do processo já referenciado para estes jardins-de-infância ocorreu com uma Auditoria Ambiental (regra bem definida em termos de Programa Eco Escolas).

(Continua na próxima edição)