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Estudo de Caso
Educação e Sensibilização Ambiental no Concelho de Almeirim
Autor: João Torres

14-03-2014

Almeirim como se referiu atrás tem como uma das características principais ser um Concelho com uma índole bastante rural apresentando em certas freguesias e lugares uma população algo envelhecida. (Fonte: INE)

No entanto em meio urbano como são os casos do núcleo populacional da Freguesia de Almeirim, de Fazendas de Almeirim e Benfica do Ribatejo encontramos população jovem com classes etárias distribuídas pelo ensino pré primário, 1º ciclo, 2º ciclo e 3º ciclo. (Fonte: INE) Classes estas bastante aptas para que os princípios inerentes à Educação e Sensibilização Ambiental sejam postos em prática. Algo que aos poucos e em certos locais, timidamente têm sido implementados com projectos vários dos quais se destaca o Programa Eco Escolas que iniciou o seu desenvolvimento em Fazendas de Almeirim no inicio deste ano lectivo de 2010/2011 como se irá apresentar mais abaixo neste Projecto.

Na Freguesia de Almeirim o mesmo projecto tem tido a sua expressão ao longo dos últimos três anos com resultados apreciáveis neste domínio e com a população escolar a ser envolvida intimamente no processo de Educação e Sensibilização Ambiental.

Freguesias como Raposa que representa no Concelho a menor fatia da população total do mesmo e Benfica do Ribatejo como a 2ª menos populosa infelizmente não se enquadram nos programas de ESA (Educação e Sensibilização Ambiental).

Análise crítica da situação de referência.
Freguesia de Almeirim/Agrupamento de Escolas Fêbo Moniz

A Freguesia de Almeirim contempla o Agrupamento de Escolas Fêbo Moniz agregando as escolas pertencentes à própria Freguesia e as escolas da Freguesia de Benfica do Ribatejo. Os estabelecimentos escolares de Benfica do Ribatejo não apresentam qualquer projecto contínuo de Educação e Sensibilização Ambiental apresentando, sim, actividades isoladas promovidas pela própria Autarquia ou por professores que de uma forma individual abordam o tema.

Já em Almeirim, propriamente dito, o projecto é estabelecido de uma forma continuada desde 2008 com o Programa Eco Escolas que se caracteriza seguidamente.

O Eco-Escolas é um Programa Internacional que pretende encorajar acções e reconhecer o trabalho de qualidade desenvolvido pela escola, no âmbito da Educação e Sensibilização Ambiental (ESA). Fornece fundamentalmente metodologia, formação, materiais pedagógicos, apoio e enquadramento ao trabalho desenvolvido pela escola. (Fonte: Site da ABAE - Associação Bandeira Azul da Europa)

Seguindo as regras determinadas pela ABAE (Associação Bandeira Azul da Europa) no qual todas as premissas foram cumpridas o projecto foi iniciado.

Os Planos de Acção para os anos lectivos de 2008/2009, 2009/2010, 2010/2011 foram definidos conforme se apresenta no Anexo 1 para a Escola Básica 1 (Canto do Jardim) e Moinho de Vento.

Os temas abordados ao longo destes três anos lectivos incidiram sobre:

  • Água;
  • Resíduos;
  • Energia e Alterações Climáticas.
  • Floresta (tema contemplado no presente ano lectivo de 2010/2011).

Ao longo destes anos lectivos, pela observação efectuada pude constatar que o envolvimento da comunidade escolar referindo-se aqui, professores, funcionários, encarregados de educação e alunos tem sido gradual com certos “altos e baixos”.

No inicio do Programa houve que cativar em primeira análise os próprios alunos no sentido de serem eles a publicitar todo o processo.

Através de uma dedicação extrema da Professora Clara Ferreira o programa foi-se desenvolvendo.

A Câmara Municipal de Almeirim, como interlocutora de todo o processo, forneceu as condições logísticas para que o mesmo pudesse ter sucesso.

No entanto, surgiu um problema, relacionado com a necessidade e com o modelo de envolvimento dos funcionários.

Para isso realizaram-se acções localizadas de formação nas várias áreas abordadas, desde a reciclagem e todas as boas práticas inerentes até à criação já neste último ano lectivo de pequenas hortas pedagógicas, tudo serviu no sentido de se criar um forte envolvimento de toda a comunidade escolar.

Lamenta-se o facto de o mesmo programa “atingir”, apenas, uma parte da comunidade escolar uma vez que nem todas as escolas integram o mesmo.

Deve-se este facto à falta de recursos humanos e mesmo contingências por parte do próprio programa lectivo que de certa forma não deixa muitas vezes margem de manobra para que este género de acções proliferem.

O docente assume aqui um papel fundamental. É muitas vezes o mesmo que inicia todo o processo de ESA (Educação e Sensibilização Ambiental) através de uma forma, muitas das vezes, empírica e autodidacta mas frequentemente com obtenção de resultados satisfatórios na mesma comunidade escolar.

(Continua na próxima edição)

João Torres
Engenheiro do Ambiente

 

 

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