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Denis Villeneuve elogia trabalho de Christopher Nolan e diz-se inspirado por Steven Spielberg e Ingmar Bergman

29-12-2017 - Redacção

O cineasta canadiano Denis Villeneuve é conhecido por Arrival, Incendies, Sicario ou até Enemy, um filme baseado na obra literária ‘O Homem Duplicado‘, do Nobel da Literatura português José Saramago. No entanto, este ano abraçou um projecto com um peso planetário: Blade Runner 2049.

A obra cinematográfica, baseada no livro ‘Do Androids Dream of Electric Sheep?’, de Philip K. Dick, teve um orçamento de cerca de 150 milhões de dólares e obteve um retorno comercial de cerca de 258 milhões de dólares, o que é um mau resultado tendo em conta o filme. Por exemplo, neste momento, e de acordo com o site Mojo Box, Blade Runner 2049 ocupa o lugar 32º de receita de bilheteira a uma escala mundial, atrás de filmes como Fifty Shades Darker ou xXx: The Return of Xander Cage.


Denis Villeneuve

Em entrevista ao site Indiewire, Denis Villeneuve falou sobre a sua experiência em Blade Runner 2049,sobre os cineastas que admira e sobre a sua nova versão de Dune.

“Eu perdi a minha virgindade com Blade Runner”, afirmou o cineasta canadiano sobre a sua experiência de trabalhar para um grande estúdio. “Foi uma experiência realmente intensa. Eu costumo trabalhar com uma equipa pequena, mas tive de influenciar, ditar, informar e inspirar muitas pessoas a andarem na mesma direcção — aprendi muito sobre como gerir a criatividade de centenas, milhares de pessoas. E agora quero encontrar formas mais eficientes de me comunicar no futuro.”

Na mesma entrevista aoIndiewire,Villeneuve elogiou o trabalho de outro cineasta que realiza blockbusters ambiciosos, o britânico Christopher Nolan: “Nolan é um director impressionante porque ele é capaz de manter a sua identidade e criar o seu próprio universo em grande escala. Trazer conceitos intelectuais e apresentá-los em grande escala na tela actualmente é muito raro. A cada filme que ele faz, mais admiro o seu trabalho“, disse Villeneuve.

Villeneuve ainda mencionou dois realizadores como influências: “Há dois cineastas que são imensas fontes de inspiração para mim: Ingmar Bergman e Steven Spielberg, por motivos diferentes“, disse o realizador canadiano. “Ingmar causou-me um dos maiores choques artísticos da minha vida. Spielberg, desde o começo, inspirou-me por ser um génio enquanto director de cinema.”

Por fim, e em nota de curiosidade, a adaptação cinematográfica de Dune, que vai agora ficar a cargo de Villeneuve, não é propriamente uma novidade. A obra literária de de Frank Herbert, que é por muitos considera como um dos melhores contos de ficção científica da história, já tentou ser adaptada para cinema em 1973 porAlejandro Jodorowsky mas semsucesso. Em 1983,Duneconheceu uma adaptação desta vez porDavid LynchcomKyle MacLachlaneFrancesca Anniscomo alguns dos protagonistas. No entanto, a obra acabaria por fracassar junto da crítica e na bilheteira, ao ponto deDavid Lynchse ter “afastado” do seu próprio projecto.

Resta agora saber se o cineastaDenis Villeneuveterá total liberdade criativa sobre esta nova tentativa de adaptação e se alcançará finalmente o sucesso que a obra literária deFrank.

Fonte: Comunidade Cultura e Arte

 

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