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Questões Oportunas

NEPOTISMO
01-03-2019 - Redacção

Temos vindo a assistir a um aumento desta prática a todos os níveis e em todos os setores da sociedade, eu designá-lo-ia por nepotismo democrático dado que já existiu o outro no tempo de Salazar e Caetano.

Assim, por nepotismo podemos entendê-lo como: Nepotismo (do latim nepos, sobrinho, neto, ou descendente), é o termo utilizado para designar o favorecimento de parentes (ou amigos próximos) em detrimento de pessoas mais qualificadas, especialmente no que diz respeito à nomeação ou elevação de cargos.

Originalmente a palavra aplicava-se exclusivamente ao âmbito das relações do papa com seus parentes (particularmente com o cardeal-sobrinho - (em latim: cardinalis nepos; em italiano: cardinale nipote), mas atualmente é utilizado como sinónimo da concessão de privilégios ou cargos a parentes no funcionalismo público. Distingue-se do favoritismo simples, que não implica relações familiares com o favorecido.

Nepotismo ocorre quando, por exemplo, um funcionário é promovido por ter relações de parentesco com aquele que o promove, havendo pessoas mais qualificadas e mais merecedoras da promoção. Alguns biólogos sustentam que o nepotismo pode ser instintivo, uma maneira de seleção familiar. Parentes próximos possuem genes compartilhados e protegê-los seria uma forma de garantir que os genes do próprio indivíduo tenham uma oportunidade a mais de sobreviver.

Um grande nepotista foi Napoleão Bonaparte. Em 1809, 3 de seus irmãos eram reis de países ocupados por seu exército.

No Brasil, a Carta de Caminha é lembrada como o primeiro caso de tentativa de nepotismo documentada no Brasil, embora esta constatação tenha sido refutada. De acordo com a interpretação original, ao final da carta Caminha teria pedido ao rei um emprego ao seu genro.

Devido a isto, a palavra pistolão, muito empregada no Brasil para referenciar um parente ou conhecido que obteve ganhos devido a nepotismo ou favoritismo, teve origem na palavra epístola (carta), devido à carta de apresentação supostamente feita pelo escrivão Pero Vaz de Caminha ao Rei D. Manuel I.

Depois de ter escrito isto olhem para a sociedade onde vivem e reparem se este conceito não está em alta, agora com um cariz supostamente democrático, mas existe é uma realidade insofismável que grassa nos organismos públicos com particular incidência nos Municípios porque os Presidentes eleitos não querem de continuar a ser eleitos e para isso têm que arranjar uma base sólida de apoio e não existe nada melhor do que se rodear de familiares, para terem a certeza que a probabilidade de serem eleitos são muito fortes, porque todos querem garantir o “tacho”. Assistimos a esta prática com uma frequência cada vez maior nos Municípios como lhes escrevi, mas em muitos organismos públicos e o Governo para não ficar de fora dá o exemplo.

No setor privado acontece também este facto, estamos na era do nepotismo exacerbado, onde o que se pretende são que as pessoas não pensem e sejam um mero instrumento de concordância, mesmo que se esteja a cometer a maior das barbaridades. Pretendem ser irracionais e que não façam ondas, isto é que não incomodem para que as maiores das irracionalidades cometidas sejam encaradas como a coisa mais natural deste mundo, chegados a esta fase o que é havemos de fazer, denunciar estas situações e deixá-los esticarem-se ao comprido, porque a incompetência virá sempre ao de cima e nessa altura sim há que “malhar” neles a torto e a direito, porque estão a causar prejuízos inusitados no País e pior do que isso estão a deixar ficar de fora muitos trabalhadores competentes que poderiam preencher essas vagas com maior sucesso, mas não o que se pretende é a mediocridade e crentes que acreditem em todos os dogmas que os seus superiores lhes impõem.

A competência e o profissionalismo são fatores que pouco importam neste processo, porque não se pretende fazer rigorosamente nada o que querem é fingir que se faz alguma coisa para que o Povo acredite nas patranhas que lhes querem impingir, este como não é parvo o que faz é como nos tempos da “outra senhora” comentar há Xuxa calada as barbaridades que vão sendo cometidas e na altura certa fiquem descansados aqueles que agora pensam que estão na mó de cima, vão cair um dia e nessa altura vão levar com toda a restumenga que espalharam e institucionalizaram.

Henrique Pratas

 

 

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