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Questões Oportunas

COSTA, UM MECENAS QUE USA DINHEIRO ALHEIO
11-01-2019 - Vitor Lima

1 – Na governação, em vez de terem algo a que se possa chamar política de habitação, deixam as rendas entregues ao sacrossanto mercado e subsidiam inquilinos em vez de eliminarem os especuladores, antes alimentando o parasitismo imobiliário e contribuindo assim para o próximo rebentamento da bolha.

2 – Incentivos fiscais para o regresso dos imigrantes? Algum emigrante vai deixar o trabalho que tiver para vir ocupar um lugar precário em Portugal? Os incentivos não são eternos e nenhum regressado gostará de ser precário ou despedido, depois de mais uma medida da corporativa Concertação Social para agilizar o “mercado de trabalho”; e vir a arrepender-se de ter voltado à paróquia lusa.

3 – Gostam muito de acenar com a criação de postos de trabalho para embalar os idiotas mas nunca referem os níveis salariais e a precariedade que está por detrás dessa propaganda. O número de trabalhadores a termo passou de 681,8 m em 2011 para 728.7 m em 2016 e a remuneração base média, geral, no mesmo período teve um assombroso aumento de 905.1 para 924.9 euros

4 – Para quem serão os “ incentivos” benevolamente dados a essa falsa figura, na maioria dos casos, dos “trabalhadores independentes” quando são estes a arcar com os 23% de descontos para a Segurança Social que caberiam ao patrão se fossem considerados trabalhadores por conta de outrem, como de facto, na sua maioria são?

5 – Quem são os incentivados através do não pagamento de contribuições para a segurança social, quando a dívida das empresas passou de 7721.5 M em 2011 para 11566.9 M em 2016? Uma prática que já vem de longe, do tempo do Cavaco; portanto transversal a todos os gangs no governo.

6 – Se em 2011 o IRS cobrado foi de 9831 M e passou para 12230.1 M e se no mesmo período a cobrança de IVA passou de 13051.6 M para 16001.4 M certamente que isto NÃO foi um incentivo para quem paga esses impostos – trabalhadores, reformados ou consumidores. Porém, os valentes capitalistas que haviam pago em 2011 5167.6 M (em plena crise) tiveram, coitados, em 2017, um aumento insuportável para …5751.7 M - quando a propaganda refere um país em franco progresso (?)

7 – Em contrapartida, mantêm-se os “incentivos” inseridos nas criminosas parcerias público-privadas, sob a forma de rendas, tal como na energia; numa jogada de propaganda que mais parece caridadezinha, baixam os preços das botijas de gás em concelhos do interior.

8 – Para participar, manso, na deriva militarista do Pentágono, o governo manda militares para a Finlândia, a Estónia… e pensa voltar ao serviço militar obrigatório, para alimentar o parasitismo militarista e permitir a existência de mais uns quantos “generais sentados”.

A verdadeira questão não é o partido que tem a mão no pote. A verdadeira questão é o regime cleptocrático e oligárquico que coloca a esmagadora maioria das pessoas afastada das decisões sobre as suas vidas, monopolizadas pela classe política amancebada com um empresaria to tradicionalmente alapado ao subsídio e ao incentivo público, como garantia de existência.

Do Blogue Grazia Tanta

 

 

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