Na reunião dos Ministros das Finanças da União Europeia de segunda-feira, dirigida atualmente pelo nosso Ministro das Finanças, a Itália divulgou que em sede do seu orçamento para as contas do ano de 2019 irá fazer crescer o INVESTIMENTO PÚBLICO para que a economia italiana se desenvolva e aposte em setores chaves da sua economia.
Com o anúncio desta intenção contrária às orientações de Bruxelas, levantou-se o “Carmo e a Trindade” de todos os representantes dos diferentes Países.
Como sabem a economia italiana é das que está mais endividada e que tem uma Despesa Pública muito elevada, por este motivo e sem ouvirem as explicações que levam o Ministro das Finanças Italiano e o Governo do qual faz parte, logo os defensores de que o Estado não deve intervir na economia vieram a terreiro defender a sua dama, isto é a não intervenção do Estado na Economia.
Sem fazer uma análise muito profunda se os italianos decidiram que devem fazer crescer o investimento público será porque o investimento privado não cresceu o que esperavam e em vez de estarem à espera que este decida investir, decidiram tomar a decisão por eles, reforço aumentar o INVESTIMENTO PÚBLICO, que a meu ver se for suportado numa aposta dos setores produtivos da economia italiana que gerem riqueza, não será uma má aposta.
Mas esta decisão se for por diante coloca a União europeia numa posição muito incómoda, porque se maior parte dos Países são contra e se a Itália, à semelhança do que a Grécia fez, pudemos estar colocados perante a situação da desagregação da União Europeia, primeiro os ingleses e se se vier a confirmar a insistência da Itália em não se sujeitar às medidas impostas pelos Ministros das Finanças que compõem o Eurogrupo a situação pode descambar, uma situação que não é de admirar pois a União Europeia foi construída e concebida sem que os cidadãos dos diferentes Países, participassem ativamente na construção da mesma.
Henrique Pratas
