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Questões Oportunas

Centro de Saúde - Almeirim, seis mil utentes sem médico de familia
11-08-2017 - Redacção

Em termos conceptuais o nome Centro de Saúde, deriva do latim centrum, é um conceito com múltiplos significados. Pode tratar-se do ponto interior equidistante dos limites de uma superfície, do lugar onde convergem ações coordenadas, das zonas que registam uma intensa atividade comercial ou do lugar onde se reúnem pessoas para um determinado fim.

Saúde, por outro lado, é o estado de completo bem-estar físico, mental e social.

A noção transcende a ausência de doenças e refere-se ao nível de eficácia funcional e metabólica de um organismo.

Um centro de saúde é um edifício destinado aos cuidados de saúde da população.

O tipo de atividade assistencial e a qualificação do pessoal podem variar segundo o centro e a região.

Por hábito, o centro de saúde conta com o trabalho de médicos clínicos, pediatras, enfermeiros e pessoal administrativo. Também é possível agirem outros profissionais, como assistentes sociais e psicólogos, o que permite ampliar a quantidade de serviços oferecidos.

O centro de saúde tende a ser um lugar destinado aos cuidados primários. Caso o paciente requeira cuidados mais intensos, complexos ou específicos, é reencaminhado para outro tipo de lugar, como um hospital, por exemplo.

Isto faz com que, em alguns países, os centros de saúde sejam conhecidos pelo nome de centros de cuidados de saúde primários. Os profissionais destes centros consagram-se, por conseguinte, aos cuidados básicos de saúde. Este tipo de estabelecimentos é bastante frequente em regiões mais afastadas ou com recursos escassos, já que constituem uma contenção sanitária e social imediata.

Isto é o que deveria ser um Centro de Saúde, a realidade é completamente diferente, qualquer semelhança é pura coincidência, pratica-se tudo menos cuidados de saúde primários.

Médicos de família não existem e quando os há os utentes têm que se levantar muito cedo para conseguir uma consulta. Mas tudo isto não deveria ser assim, em meu entender nos Centros de Saúde deveriam existir médicos de família que tinham atribuídos um certo número de famílias e esse médico seria o responsável pelos cuidados de saúde dessas famílias, entendo mesmo que se uma das famílias não fosse ao Centro de Saúde no período de seis (6) meses, o próprio médico dever-se-ia deslocar à habitação dessas famílias para saber as razões pelas quais eles não foram ao Centro de Saúde.

Esta minha conceção de Saúde Preventiva, não é minha pratica-se em muitos pontos do globo e funciona, porque de uma forma inteligente esses Países fizeram contas e verificaram que fazer medicina preventiva sai muito mais barato do que fazer medicina curativa. Mas esta opção mexe com muitos interesses e os Países do terceiro mundo como nós, só nos resta enveredar pela forma de funcionar dos Centros de saúde que temos que é insipiente e voltados para a Medicina Curativa, não temos outra saída ou temos que é tomarmos em mãos a resolução dos casos que gravitam em volta da Saúde.

O que se faz em Portugal está a atingir níveis muito baixos e ter acesso à saúde para muitas pessoas é um privilégio e não um direito como se encontra consagrado na Constituição da República Portuguesa.

A Saúde nestes últimos anos tem sofrido revezes inabaláveis que jamais serão recuperados, porque esta é para os privados uma área de negócio de excelência e estes têm apostado nela fortemente, por isso muitos de nós afirmarmos que quem quer ter saúde compra-a e é bem verdade, para alguns nem assim, porque é necessário ter um nível de rendimentos muito elevado para ter saúde neste País, atrever-me-ia a escrever que esta é uma das conquistas de abril que já perdemos, como muitas outras.

Esta matéria para mim é muito cara porque entendo que um povo que se pretende saudável a todos os níveis, da educação e o da saúde é um deles.

Dou-vos exemplos quem é que tem acesso a cuidados de saúde dentária, será que o cheque dentista resolveu a questão de fundo, é óbvio que não. Exames complementares de diagnóstico importantes na deteção de situações de doenças precoces. Os doentes crónicos que apoio é que têm, os diabéticos, os doentes de Parkinson, os de alzheimer e de outros tipos de doenças. Importa salientar um aspeto que muito poucos falam dele e que é o acesso há saúde, será que este é o mesmo para os utentes do interior do que do litoral ou dos grandes centros, é claro que não, logo se infere que o acesso à saúde não é igual para todos e aqui viola-se um dos princípios consagrados na Constituição da República Portuguesa, que é o do livre e fácil acesso aos cuidados de saúde e educação.

Vivemos tempos em que está muita coisa em causa, nomeadamente o exercício dos direitos de cidadania e se pretendemos que não regressemos a tempos indesejados por muitos é imperioso demonstrá-lo.

Henrique Pratas

NOTA da Redacção: Neste momento, Almeirim tem cerca de 6.000 (Seis mil) munícipes sem médico de família.

 

 

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