“Enquanto estava ontem fechado e assoberbado durante toda a tarde no segundo maior parlamento do país (a Assembleia Municipal de Lisboa) a braços com votos de saudação a manifestações onde se apelou nas ruas à morte aos senhorios e onde se insultaram e apedrejaram polícias e se partiram lojas de imigrantes e com votos de repúdio contra o fascismo e o colonialismo cravados nas pedras da calçada do jardim da Praça do Império - felizmente todos chumbados pela Assembleia num raro assomo de noção e de lucidez - o país assistia a outro espectáculo extraordinário no Parlamento Nacional.
A senhora francesa que Pedro Nuno Santos e sus muxaxos foram buscar para fazer o papel de Maria Antonieta da TAP resolveu meter a boca no trombone.
E o resultado é simplesmente arrasador e revelador da cloaca em que o Primeiro-Ministro e o Presidente da República deixaram chegar este governo.
Um autêntico colapso moral.
Uma bandalheira. O socialismo tuga, o socialismo fandango, incompetente, venal e amoral que nos desgoverna.
Voos alterados para fazer um jeitinho ao Professor Marcelo, pagamentos de favor ao Eng. Fernando Pinto, decisões executivas de uma empresa em que torramos mais de 3 mil milhões decididas por membros do governo por whatsapp, mentiras descaradas de ministros e administradores ao Parlamento e ao país, inquéritos e audições combinados de véspera por deputados e assessores com as testemunhas, limites de indemnizações discricionárias e ilegais, assuntos públicos conduzidos com informalidade tipo café, pareceres juridicamente irreais tipo chave-na-mão encomendados ao escritório do irmão do Presidente da República que logo de seguida ganha avença milionária na empresa cuja beneficiada pelo respectivo parecer é nomeada CEO, administradoras com relações cortadas por causa de intenções de negócio por parte do marido da outra, etc.
Um nojo.
Um nojo que num país normal implicaria de imediato a queda desta cáfila.
Um nojo que decretaria de imediato a morte política de Pedro Nuno Santos, João Galamba e Fernando Medina.
Percebemos agora finalmente como se geriu a TAP. E agora percebemos também porque é que os socialistas tanto queriam nacionalizar a TAP: apenas para lhe deitarem a mão.
Este é o o xuxalismo fandango finalmente exposto pela senhora francesa: para os amigos tudo, aos trabalhadores “paciência“ e muitas selfies.
Perante tudo isto o Presidente da República é já o principal culpado.
Não vale a pena sequer desmentir que quis alterar um voo comercial, o que nos coloca ao nível da Nicarágua ou da Bielorrússia. Porque tudo o que é feito por esta gente só o poderá ser doravante se o for sob a capa do seu cinismo, indolência e narcisista popularidade.
Sim. O Professor Marcelo é o principal culpado deste colapso moral. Porque isto já não é um governo. É o lupanar da República!"
N.A.