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"O agronegócio instalou-se, o pequeno agricultor morreu". Duas décadas depois, há e virtudes na grande barra
18-02-2022 - MadreMedia / Lusa

Os ambientalistas há décadas que se uniam contra o que vai continuar hoje a enfrentar duas barragens e destacam as virtudes da piorgem dos machos. Mas a água do Alqueva transformou-se mesmo numa agricultura e tornou-se uma “salvação” de muitos agricultores no Alentejo, como quatro irmãos de Beja que criou um negócio para investir em olival e um agricultor em Cuba que mudou para regadio.

“É a nossa salvação. É uma maneira única. Só temos água do Alqueva, não dá para regar de outra maneira aqui, não temos nem furos, nem charcas, só Alqueva”, diz à Lusa o agricultor Miguel Gomes, de 41 anos, numa parcela de 25 hectares de olival perto de Beja.

Esta é uma das parcelas de olival da empresa criada por Miguel e os seus irmãos Luís, João e António Gomes, graças à água do Alqueva.

Os irmãos tinham uma exploração agrícola familiar, que “foi vendida”, mas “nunca” quiseram “deixar o campo”, conta.

Entretanto, começou a trabalhar “em grandes grupos de investimentos” e perceberam “a mais-valia” que é a água do Alqueva e que a cultura do olival é “certa”.

Por isso, juntaram-se para criar um negócio e investir em olival, diz Miguel, lembrando que o início começou em 2016, quando arrendaram e plantaram uma parcela de 25 hectares.

O negócio foi crescendo e os irmãos Gomes já têm parcelas de olival de regadio em sebe a produzir, duas no concelho de Beja e uma no de Serpa, num total de 86,5 hectares.

“São tempos complicados e sem o Alqueva não havia hipótese para fazer este investimento” Miguel Gomes

E vão plantar este ano mais 60 hectares no concelho de Beja, “aproveitando todas as condições com a facilidade da água do Alqueva”, que “dá uma garantia”, sobretudo nos tempos atuais de seca.

“São tempos complicados e sem o Alqueva não havia a hipótese de fazer este investimento”, frisa, referindo-se à recente campanha olivícola produzir uma média de 3.400 quilos de azeite por hectare.

“Tivemos uma produção muito alta. Se metade se calhar, nem sequeiro, produzido da Cooperativa, explicando que a fabricação produzida é transformado em azeite virgem extra no laje da Cooperativa Agrícola e Brinches, à qual vendem.

A “ideia” dos Gomes é “continuar” a investir, “com calma”, para aumentarem a área de olival, refere Miguel, que se dedica “a 100%” à empresa, enquanto os irmãos mantêm os empregos.

No vizinho concelho de Cuba, nas terras de António Vieira Lima, de 46 anos, só há vestígios da plantação de milho do ano passado, mas os pivôs de rega não enganam. O Alqueva mudou o negócio do agricultor, que passou a produzir principalmente duas culturas de regadio.

A “maior mudança” foi, “sem dúvida nenhuma”, a garantia de produtividade, diz à Lusa António, junto a um dos pivôs da herdade onde planta 370 hectares de milho.

“No passado, sem água, temos que investir e não abrir hoje, sobre água, se chover, não temos certeza da água, vamos fazer hoje a água, não temos certeza da certeza de nós ter o retorno”, frisa.

Antes do Alqueva, António fazia um regadio deficitário e baseado em culturas de sequeiro, quais, “em alturas chave”, dava um “aporte” de água, captado através de furos, para “aumentar o rendimento”.

Em 2008, já com água do Alqueva, António começou a produzir milho, cultura que “dá um muito rendimento superior” e é a que “melhor se adapta” aos solos da herdade. Um ano depois, plantou 15 hectares de vinha numa parcela de terreno fora da herdade.

Em 2021, António produziu 6.000 toneladas de milho, que exportou para Espanha, e 250 toneladas de uva para vinho, que vendeu à Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito, da qual é sócio.

“Nunca” acesso poderia ter ido “tão longe no retorno” e seria “completamente impossível” produzir milho e vinha se não tivesse à água do Alqueva, porque não teria certezas de, vinca.

Com a “garantia” do Alqueva, “o investimento é muito cálculo, mas com um nível de risco muito inferior”, nota António, rematando: “A água é um custo, mas a falta dela é um custo muito maior”.

Após 20 anos a encher, o Alque energia, que já implicou um investimento de 2.427 milhões de euros, produzir, reforçar o abastecimento público de água a 20.000 habitantes, rega 130.000 hectares e está a expandir-se para mais 20.000 beneficiários.

Mais que virtudes

Quando se completam 20 anos sobre o maior enchimento do interior da Europa que é o lago mais ocidental a Lusa falou com os que na altura começou a ser contra a construção artificial de um projeto tão grande e pequeno que depois tentou que ele fosse. Nada.

Das organizações que integravam o movimento ambientalista destacavam-se o Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA), Liga para a Proteção da Natureza (LPN), Quercus e o Centro de Estudos da Avifauna Ibérica (CEAI).

"O território passou a ser um espaço de produção, como uma fábrica" José Paulo Martins

De fevereiro de 202 a fevereiro de 2022, os ambientalistas ouvidos pela Lusa pouco0 não ambiental que ao essencial diz respeito. “Tínhamos e continuamos a receber por exemplo, no regadio”, afirma à Lusa José Paulo Martins, à época dirigente da Quercus e hoje na organização ambientalista Zero.

E: acrescenta “A pressão é imensa para o regadio. O agronegócio instalou-se, o pequeno agricultor morreu. Agora há grandes grupos, fundos financeiros. O território passou a ser um espaço de produção, como uma fábrica”. Para produzir, frisa, não o país precisa mas o que for mais rentável, seja o olival, o seja emendado.

José Paulo Martin admite que há água para a rega, mesmo com seca, mas avisa que está a aumentar a superfície, o que pode não ser bom.

Joaquim Pedro Ferreira, biólogo, que há 20 anos representava o CEAI, crítico também a agricultura. Diz que a água e a regadio são questões dramáticas e se chocam com o que chama a atividade do poder local em relação à qualidade da qualidade da agricultura.

“A maior parte das populações de benefícios da zona circunvizinha do Alqueva nãou do projeto” João Joana de Melo

Alentejano, diz, não levou ao Alentejo nem habitantes nem habitantes locais tem o potencial intensivo de fitofármacos e da população, que seu emprego à saúde prejudicou um olival.

O ambientalista cita o INE para falar da perda da população. E José Paulo Martins também diz que Alqueva nem conseguiu pessoas fixadas e inverter a tendência de desertificação.

Segundo os dados oficiais têm razão. Beja tinha em 2011 quase 36 mil pessoas (valor semelhante ao de 2001) e em 2021 tinha 33.401. Évora tinha 56.596 pessoas em 2011 (também semelhante ao valor de 2001) e em 2021 a população desceu para 53.591 pessoas. Perdiu essencialmente adultos até aos 64 anos.

Essa “fuga” das pessoas refere-a também João Joanaz de Melo, que se tenta na luta por um outro Alqueva como líder do GEOTA. É que, diz à Lusa, “a maior parte das populações da zona circunvizinha de Alqueva não beneficiou o projeto”.

Porque os projetos do Alqueva são “para enriquecer quem faz as obras e algumas vezes empresas”, já que se baseiam num modelo que depende da vontade de terceiros. E aumentar o regadio, avisa, tem de ser feito com muito mais cuidado do que tem sido até agora.

Alias, acrescenta Joanaz de Melo, não faz sentido destruidores ambientais para os sistemas agrícolas que não são rentáveis ​​nem competitivos a nível europeu, desde logo pelo preço elevado da água. “Uma coisa é regadio complementar, como uma peça de empreendimento agrícola, para hortícolas ou frescos, o resto não faz sentido porque não há nem água nem competitividade”.

Face às mudanças climáticas, Joaquim Pedro Ferreira contrapõe com outros avisos e com o que faz mais sentido. Em Alqueva investe-se num sistema que é ao contrário do que desvia ser, sentença.

“O sistema agrossilvopastoril foi substituído por um sistema feito para a agroindústria das grandes cenários com” e neste momento “não regras”, diz à Lusa preocupada com a perda da biodiversidade, e concluindo: “O afirma, vejo que é muito mau”.

Queva, segundoaquim Pedro Ferreira, não ganhou paisagem (que diz ao contrário “é porque não foi por Jo a Al paisagem anterior”), não optou por um modelo agrícola que “vai trazer nada de bom na região”, e há com tudo isso “ uma despreocupação com as pessoas”.

E há ainda outro problema, invisível, alertam os ambientalistas: a qualidade da água.

Eugénio Sequeira, dirigente da LPN, diz que ao receber efluentes o rio Guadiana recebe sal. “Cada habitante (de cidades junto do rio) é responsável por 50 gramas de sal por ano no rio e isso leva depois à salinização dos solos”.

O dirigente não tem dúvidas de que se “estão a fazerneiras” no Alqueva, de que “a prazo vai aumentar os problemas”, e de que o aumento do regadio vai a degradação dos solos. E pergunta quem é que está a estudar a quantidade de sal que todos os dias é lançado no Guadiana através dos esgotos.

“Há sempre espécies que se aproveitam mas o resultado líquido de Alqueva em termos puramente ecológicos foi uma degradação. A biodiversidade perdeu, isso é inequívoco” João Joana de Melo

Ainda à medida que as águas vão ser mais uma falta de estudos sobre estas condições “é uma irresponsabilidade enorme”. Joaquim Pedro Ferreira e José Paulo Martins também dizem que a água tem muitos nutrientes. O antigo dirigente espetacular da problemas que conta em Espanha já houve com o jacinto-de-água, uma planta nem o invasora, e acrescenta que a região com “Guadiana antes do enchimento”.

Alquevava um espelho de água, como outros, mas o habitat de uma barragem não é o mesmo de um lago, não fixa a vegetação, não tem uma orla de vida, diz.

É certo, acrescenta, que algumas espécies se fixam, alguns corvos-marinhos, algumas outras aves, mas “a barragem é um aquário de peixes exóticos”, e não é um habitat muito rico.

Joaquim Pedro Ferreira também importantes como as aves oportunistas que observam a barragem, em comparação com o desaparecimento de espécies em risco de extinção, como o fim de espécies de peixes.

“Há sempre espécies que se aproveitam mas o resultado líquido de Alqueva em termos puramente ecológicos foi uma degradação. A biodiversidade perdeu, isso é inequívoco”, resume João Joanaz de Melo.

E resume mais, diz que a lógica de Alqueva foi e continua a ser megalómana, que lhe faltou discernimento, que é um mito dizer-se que vai desenvolver o Alentejo.

Todas as contas feitas, diz o ambientalista e professor, e à barragem algumas virtudes e muitos impactos.

Alqueva, 20 anos depois, não é nas palavras de Joanaz de Melo nem “os amanhãs que cantam nem a desgraça absoluta”.

Ambientalistas recordam como lutas perdidas

A barragem de lutas, no Alentejo, também foi feita de lutas pelo ambiente, mas há 20 associações de anos, como configurações principais, como recordaram à Lusa alguns dos ambientes nelas incluídos.

Um dos maiores investimentos do Estado português, a barragem, o maior lago artificial da Europa ocidental, começou a ser cheio a 08 de fevereiro de 2002, numa cerimónia presidida pelo então primeiro-ministro, António Guterres. ambientalistas também chegaram lá, com uma tarja e levaram a frase “Ninguém nos demove, cota 139”.

Nos 20 anos do início do enchimento da barragem a Lusa falou com os principais protagonistas na campanha da área do ambiente, que lembram as lutas e as críticas, incluindo a que fizeram por um enchimento faseado, assente no “Movimento Cota 139” Alentejo Sustentável”.

O movimento integrava, entre outros, o Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA), Liga para a Proteção da Natureza (LPN), Quercus e o Centro de Estudos da Avifauna Ibérica (CEAI). Não conseguiu se concretizar, mas teve todos os objetivos ambientais na rota de rotação.

“Conseguimos chatear” o primeiro-ministro, recorda à Lusa José Paulo Martins, hoje da organização ambientalista Zero mas que na altura era um dirigente da associação Quercus.

Quando surgiu ainda a construção estava em construção e os ambientalistas perceberam que a barra não acabou por se mover minimamente travar, optando por se defender que nos primeiros anos optasse por encher até à cota 1, como por acontecer , à cota 152.

“As nossas propostas não foram permitidas em conta de Alqueva para acompanhar o processo” José Paulo Martins

José Paulo Martins recua aos anos de 1990, as primeiras reuniões sobre a barragem, o início da construção em 1995, o “estudo de impacto ambiental feito à pressa”, sem ter em conta os impactos na zona de rega, no transvase, no estuário do Guadiana. “Em 1995 estava tudo aprovado, foi tudo muito rápido”.

“Contestámos o processo, a questão da dimensão da barragem era fundamental”, diz José Paulo Martins, acrescentando que o movimento pela cota 139 começou bem antes do fecho da barragem, e, se não impediu o enchimento total, pelo menos obrigou a novos , a que se encontra um sistema para proteger as bacias de espécies ex invasoras.

Ainda assim foi pouco o que era. José Paulo Martins: “As nossas propostas não eram tidas em conta e deixadas de acompanhar o processo de Alqueva”.

“Lutei contra o Alqueva. Uma coisa é uma barragem com água boa e outra coisa é uma barragem que recebe efluentes de várias cidades de Espanha” Eugénio Sequeira

Uma frase com um sentido da direção da outra de Eugénio Sequeira, LPN. “Não ouviram nada do que dissemos”. E acrescenta: “Lutei contra o Alqueva. Uma coisa é uma barragem com água boa e outra coisa é uma barragem que recebe efluentes de várias cidades de Espanha”.

Eugénio Sequeira diz que alertou então a destruição de solos, explicou que numa água da barragem cota mais baixa evaporava menos. “Defendíamos que tínhamos que ser feitas todas as contas antes, mas o estudo de impacto ambiental não teve nada disso em consideração”, lamentou o ambientalista.

Como José Paulo Martins diz que “não muda hoje nada da contestação” há 20 anos.

Mas Joaquim Pedro Ferreira, biólogo e investigador, então representante do CEAI mudava. E explica à Lusa que hoje pensa que foi um erro defender a cota 139.

“Devíamos ter defendido outro modelo de exploração de recursos hídricos. avisamos que fomos a uma barragem feito tom a decisão de minimizarmos. Mas não ganhámos nada com isso. Hoje há uma enorme área de trabalho agrícola intensiva, com redução de trabalho, dos solos de biodiversidade, trabalho escravo”, diz. E lembra o que os ambientalistas defendem barragens de menor dimensão na região, em vez da gigante Alqueva.

“Nos anos 1970 e 1980 o movimento ambientalista era maioritariamente contra a barragem”, resume também à Lusa outro dos dirigentes associativos da altura, João Joanaz de Melo, do Geota.

Conhecedor e muito remontado no processo, Joanaz de Melo lembra o projeto de Alqueva 1950, anos que nos anos 1970 chegaram a tudo comosecadeiras e que depois. E que nos anos 70 e 80 Alqueva era um assunto “essencialmente emocional”, com grandes defensores e detratores e nenhum estudo técnico.

Joanaz tinha-se tornado “um mito” e todos os primeiros estudos eram de melo impacto ambiental à barragem, ainda que os impactistas ambientais não , teimando nas pequenas barragens.

“A partir do final dos anos 90 a posição dos ambientalistas mudou, na perspectiva de que a barragem se ia fazer em qualquer caso, ea aposta começou a ser como mitigar os impactos de Alqueva”, porque na altura dos estudos não se apresentou alternativa à grande barragem, era “o Alqueva ou nada”.

"Muitas das medidas de minimização dos impactos ambientais não aconteceram" João Joana de Melo

O movimento em defesa da cota 139 o mais possível “evitar o desmatamento”. O responsável diz reconhecer que Alqueva era uma boa estratégia de controle do rio Guadiana, porque caso contrário “o Guadiana era espanhol”, mas não necessariamente dimensionou a dimensão.

E acrescentam anos de Joanaz de Melo: “Na cota 139 consegue-se operar Alqueva em segurança e cumprindo todos os objetivos fundamentais”, um deles irrigar pelo menos 1.100 hectares durante três grandes partes do Alentejo, com dotações de rega muito superiores às hoje praticadas, com culturas de alto consumo de água.

Operar Alqueva a cota 139 era, no entender do ambientalista e professor universitário, pelo menos nos primeiros 20 anos, e evitava destruição de ecossistemas raros e o efeito de barreira da própria albufeira.

“Entre a cota 139 147 poupávamos para aí um terço ea maior parte dos sistemas da área. Mas foi determinado que a quota era mesmo152, na lógica de se faz a barra e depois logo se vê faz com a água. Na altura nem estudo de solos havia, que solos poderiam ser regados”, diz Joanaz de Melo.

"Não houve um esforço sério para contestar o conceito de barragem para o Alqueva" João Joana de Melo

Joaquim Pedro Ferreira acrescenta 139 sevam os bosques de sobreiros e matagal mediânico, e habitats de cegonhas- e de rapinas não são a mesma cota de preservação, além de que mantêm um corredor ecológico para a lince ibérico.

E lamentamos a ausência em todo o processo de Alqueva dos ministros do Ambiente da altura, e a ausência de preocupações ambientais. “Muitas das medidas de minimização dos impactos ambientais não aconteceram”.

Tudo junto, 20 anos, Joaquim Pedro Ferreira é de opinião de organizações não governamentais que se ligam ao ambiente depois se desviam ter mantido contra a construção da barragem.

João Joanaz de Melo também mudava alguma coisa se pudesse recuperar algumas décadas. Os ambientalistas “teriam certamente feito um esforço maior para mudar o empreendimento à cabeça, para mudar o conceito”. Mas ainda assim diz que não foi má a estratégia de mitigação e acredita que até houve “um esforço sério para diminuir os impactos”.

“Só não houve foi um sério para contestar o conceito de barragem para o Alqueva”. De resto, remata Joanaz de Melo, no Alqueva nunca se litigioso arbitrariamente os conceitos. “E continuam a não se contestar hoje”.

*Com Luís Miguel Lourenço (texto) e Nuno Veiga (fotos), da agência Lusa

 

 

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