Cabo Verde: O Movimento para a Democracia é o claro vencedor das legislativas de 20 de Março
25-03-2016 - RTC
A nível nacional, com todas as mil e sete mesas apuradas, o MpD, elegeu 37 deputados, o PAICV, 26, e a UCID, 3. A abstenção foi de quase 30 por cento. 90 mil e 65 eleitores ficaram em casa. A ilha da Boavista teve a maior taxa de abstenção, 37, 6 por cento.
Na diáspora, quando faltam ainda apurar 55 das 234 mesas e nenhum dos 6 mandatos ainda atribuídos, os resultados indicam que o PAICV ganha em África e nas Américas e o MpD na Europa e os números apontam que os dois partidos elegeram três deputados cada um. Até agora, a diáspora regista 64, 1 por cento de abstenção.
Contas feitas, o MpD terá 40 deputados, o PAICV, 29, e a UCID, 3, todos em S. Vicente. Resulta assim que a maioria absoluta do MpD é maior do que aquela que o PAICV tinha na legislatura que agora finda.
Já Passava das dez da noite quando o líder do Movimento Para a Democracia, MpD, reagiu à vitória eleitoral. Depois de cumprimentar os adversários e os eleitores, Ulisses Correia e Silva reforçou os compromissos que partido assumiu durante a campanha.
O Presidente do MpD saudou os eleitores de todo o país, fazendo uma referência especial ao Fogo, onde o partido ganhou pela primeira vez. De agora em diante, promete Correia e Silva, a missão é trabalho, trabalho, trabalho para a produção de resultados.
Resultados que escaparam ao PAICV. Janira Hopffer Almada reconhece a derrota e considera que o veredicto do povo é para ser respeitado.
Perdida que está a batalha das legislativas, Janira Hopffer Almada já vê para frente, prometendo, para a partir de hoje, começar a preparar o partido visando as próximas eleições autárquicas.
A Presidente do PAICV anuncia para as próximas semanas a realização do Conselho Nacional do partido em que serão analisados os resultados das eleições e tomar as medidas que se impõem.
Já o líder da União Cabo-Verdiana Independente e Democratica mostrou-se defraudado com o resultado das eleições legislativas.
A UCID não conseguiu como esperava debelar as maiorias absolutas e romper com a bipolarização no país. Para António Monteiro o que funcionou foi a tendência do voto útil e a estratégia do partido não falhou, mesmo tendo em conta as espectativas para Santiago Sul e a ilha do Sal.
A UCID ao aumentar a sua fasquia de 2 para 3 deputados elegeu também uma mulher, Dora Reis, mas gostaria de ter tido mais. Ao assumir a derrota Antonio Monteiro reiterou que o seu partido tinha condições de governar o país.
O líder do Partido Popular também reconheceu que o partido não alcançou a meta a que se propôs. Ainda assim, Amândio Barbosa Vicente, que foi o primeiro líder partidário a reagir aos resultados eleitorais, garantiu que o Partido Popular vai fazer jus aos propósitos que determinaram a sua criação, batendo-se para ajudar os mais desfavorecidos. Recordamos que o Partido Popular de Cabo Verde foi legalizado em finais do ano passado.
O Candidato do Partido Social Democrático por Santiago Sul classificou o resultado das eleições legislativas a “Vitória da Corrupção e da Mentira”. José Rui Além foi quem reagiu em nome do PSD.
O partido Social democrático concorreu em Santiago sul, no Sal e na diáspora, e arrecadou no conjunto, pouco mais que 200 votos.
O povo escolheu e é o povo o maior responsável pelo poder. Assim reagiu o Presidente do Partido do Trabalho e Solidariedade, José Augusto Fernandes, para quem a votação em massa no Movimento para a Democracia acabou por prejudicar os partidos de pequena dimensão.
O PTS tinha como meta eleger dois representantes para a Assembleia Nacional, mas acabou por não conseguir nenhum deputado.
Apesar deste fracasso, o líder do PTS diz não se sentir intimidado com a derrota. José Augusto Fernandes garantiu que o partido continua vivo e firme para as próximas eleições. A nível global, o Partido do Trabalho e da Solidariedade que concorreu apenas em Santiago Sul, obteve 121 votos.
MCSA - RCV
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