António Saraiva no Clube dos Pensadores: propostas de crescimento da economia
19-01-2018 - CdP
O presidente da CIP, António Saraiva, começou por afirmar que o país com o governo de Antonio Costa, actualmente tem uma condição diferente e que está um pouco melhor.
Os investimentos estão a ser feitos e estamos a atrair alguns investidores. Acredita que se algumas das reformas politicas forem alteradas pode atrair ainda mais.
Os indicadores macro-económicos estão melhores com o desemprego e a divida externa a diminuir.
Para o Orçamento de Estado de 2018 a CIP apresenta 14 propostas que António Saraiva diz serem essenciais para o crescimento sustentado da economia nacional. Destas 14, sintetiza em 3 muito importantes:
1- Fiscalidade que defende que tem que ser simples e capaz de atrair investimento. Reduzir a taxa de IRC regularmente ao longo dos anos.
2- Financiamento e recapitalização empresarial.
3- Qualificação dos recursos humanos com base na produtividade. Medidas que apostem na formação e investimento na requalificação humana.
António Saraiva quando questionado por Joaquim Jorge que moderou o debate, “se é a favor que as empresas distribuam alguns lucros pelos seus trabalhadores. Respondeu:” que é a favor, e é uma pratica louvável, que recomenda, pois, é uma forma de motivar os trabalhadores”.
Quanto ao aumento do SMM (salário mínimo nacional), disse que o governo tem que diminuir a carga fiscal às empresas para que estas não fiquem sobrecarregadas e possam aguentar esse aumento.
Joaquim Jorge retorquiu em relação SMM, tendo em conta que a CIP em concertação social estava em desacordo. António Saraiva é a favor que o SMN esteja indexado à produtividade, ao crescimento económico e à inflexão. Joaquim Jorge insistiu e pediu para António Saraiva dizer qual era o valor que a cIP propunha. A resposta foi rápida: o seu valor deveria andar à volta de 557€/558€, todavia o seu valor ficou nos 580€.
Sobre a Auto Europa, mostra-se preocupado pela perda de diálogo social e que neste momento está sem comando. Considera que ainda é possível retomar o diálogo e que é muito importante que os trabalhadores cheguem a acordo pois não está apenas em causa a Auto Europa, mas uma quantidade de empresas que estão à sua volta e que dependem dela.
Sobre as eleições no PSD e sobre Rui Rio, diz que é preciso esperar algum tempo para ver, mas que em termos parlamentares o país beneficiará. Na sua opinião o governo neste momento está refém da esquerda parlamentar e que seria bastante confortável receber algum apoio da direita.
Por fim, afirmou que com Rui Rio as coisas podem melhorar no entendimento com o governo de António Costa em sede de incidência parlamentar e nas relações institucionais. Isso será bom e pode tirar o PS da órbita do BE e PCP.
Fonte: CdP
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