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Barcelona: 200 mil exigem liberdade para os presos políticos

20-10-2017 - Esquerda.net

As manifestações em toda a Catalunha contestaram a prisão dos dois líderes dos movimentos cívicos pró-independência, acusando a justiça espanhola de "voltar a atravessar uma linha vermelha em qualquer democracia da Europa no século XXI”.

A prisão de Jordi Cuixart e Jordi Sànchez, decretada na segunda-feira pela Audiencia Nacional espanhola, tem dois objetivos, afirmou o vice-presidente da Assembleia Nacional Catalã (ANC): “Decapitar a Òmnium Cultural e a ANC e fazer alastrar o medo e desmobilizar o caminho iniciado para que os resultados de 1 de Outubro sejam proclamados”. Ora, “isto é simplesmente impossível”, exclamou Agustí Alcoberro no fim da manifestação, citado pelo El Periódico. Também Marcel Mauri, dirigente da Òmnum, interveio na manifestação para prometer levar aos dirigentes presos “o compromisso que levaremos até ao fim em defesa da democracia e em defesa da República Catalã”.

Como tem sido hábito nas iniciativas a favor do direito à autodeterminação da Catalunha, a manifestação decorreu de forma pacífica, com os participantes entoando palavras de ordem como “Não estamos todos, faltam os presos” ou “Liberdade para os Jords, presos políticos”. Mas o protesto contou também com um minuto de silêncio, que acabou por se prolongar por vários minutos:

Em várias localidades catalãs, as manifestações pela liberdade para os Jordis juntaram milhares de pessoas ao final do dia de terça-feira. Em Barcelona, a Guardia Urbana estimou a participação em cerca de 200 mil pessoas. Entre elas estiveram vários membros do governo catalão, como o seu vice-presidente Oriol Junqueras, a presidente do Parlamento, Carme Forcadell e o ex-líder do governo Artur Mas. Para além dos partidos que integram o governo (PdCAT e ERC), também marcaram presença dirigentes da CUP, En Comú Podem, Iniciativa per Catalunya Verds e Barcelona en Comú, como o nº 2 da Camara de Barcelona, Gerardo Pisarello.

"Querem justificar uma repressão indiscriminada contra toda a sociedade civil”

“Eles não cometeram nenhum crime. Se os prendem, então prendem-nos a todos!”, afirma o manifesto lido no fim da manifestação pela atriz Silvia Bel, com as direções da ANC e da Òmnium em cima do palco. O manifesto exigiu “justiça” face a uma acusação que é ela própria “ilegal”, do ponto de vista das duas associações que viram os seus líderes acusados de crime contra a segurança do Estado e presos preventivamente.

O manifesto que reclama a liberdade imediata dos presidentes da Assembleia Nacional Catalã, Jordi Sànchez, e da Òmnium Cultural, Jordi Cuixart, diz que o objetivo final da ação judicial que “volta a atravessar uma linha vermelha em qualquer democracia da Europa no século XXI” não é mais do que procurar “desativar as entidades soberanistas que representam mais de cem mil sócios, e assim justificar uma repressão indiscriminada contra toda a sociedade civil”.

 

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