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Basílio Horta declarou 5 mil euros, mas afinal, tinha 5 milhões no Banco

11-08-2017 - Lusa

Basílio Horta, o actual presidente da Câmara de Sintra e candidato para mais um mandato, diz que cometeu uma “gralha”, comunicando ao Tribunal Constitucional, por duas vezes, que tinha um depósito no Banco de 5.600 euros quando, afinal, era de 5,6 milhões.

Foi o Observador que apurou que, em 2010 e em 2011, Basílio Horta entregou no Tribunal Constitucional (TC) declarações de rendimentos, que são obrigatórias para os detentores de cargos públicos, no valor de  5.600 euros .

Mas, na realidade, o autarca tinha  5.600.000 euros  no Banco, segundo a mesma publicação.

Tratou-se de  uma “gralha” , segundo refere ao Observador fonte do gabinete de Basílio Horta, notando que as declarações de 2013 e de 2014 estão correctas e que o esquecimento de três zeros verificado em 2010 e em 2011,  “foi involuntário” .

Foram “declarados os rendimentos capitais desses depósitos” bancários, afiança a mesma fonte, apontando que o autarca cumpriu “todas as obrigações fiscais, que foram sempre respeitadas totalmente”.

Fortuna passou dos 800 mil para os 6 milhões em 8 anos

A fortuna de  Basílio Horta  tem sido um dos temas da campanha eleitoral, depois de suspeitas lançadas por um jornalista que apoia o seu opositor à Câmara de Sintra, o candidato Marco Almeida que é apoiado pelo PSD.

O Observador foi então investigar os rendimentos do autarca que se candidata pelo PS a mais um mandato e foi, então, que se deparou com a discrepância dos números nas declarações de rendimentos entregues no TC.

A publicação nota, ainda, que em apenas oito anos, entre 2002 e 2010, “a fortuna de Basílio Horta  cresceu 5.666.080 euros “. O Observador refere que, em 2002, ele tinha “ 833.920 euros   em contas a prazo em bancos”. Em 2010, o valor já tinha subido para os  6.500.00 euros .

O gabinete de Basílio Horta explica este aumento com os “ rendimentos da cortiça , que renderam muito dinheiro”, e por “ter passado a  gerir os negócios do pai “, conforme cita o Observador.

Em declarações à publicação, o autarca assume que é “um homem” que tem “dinheiro” – “porque o ganhei, porque poupei”, refere.  “Eu sei lá o que é ser rico” , diz contudo.

“Não tenho dívidas e sou independente, não dependo de grupos económicos, nem de ninguém”, afiança ainda, considerando que estas suspeitas sobre os seus rendimentos são “ um ataque soez , uma coisa triste” dos opositores eleitorais.

 

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