Coreia do Sul planeia “ataque cirúrgico” para tirar Kim Jong-un do poder
04-08-2017 - SV
Os estrategas militares sul-coreanos estão a preparar “um ataque cirúrgico” de contingência contra o comando norte-coreano e as suas instalações nucleares, que seria realizado em caso de emergência, pelas Forças Especiais do presidente sul-coreano Moon Jae-in.
Segundo a edição desta segunda-feira do jornal sul-coreano Munwha, o planeamento da operação terá sido iniciado, três dias depois do segundo teste de míssil balístico da Coreia do Norte, pelos chefes do Estado-Maior e do Ministério da Defesa Nacional sul-coreanos.
Ao mesmo tempo, equipas do Departamento de Segurança Nacional e do Departamento de Armas de Destruição em Massa da Coreia do Sul foram encarregadas de elaborar planos de “ataques de precisão” para reagir a lançamentos de mísseis balísticos, nucleares ou não-nucleares, porque, diz o Munwha, este cenário “atingiu o ponto crítico da linha vermelha“.
De acordo com o jornal sul-coreano, o plano implica o uso de caças F-15 para atingir os principais centros de comando operacional da Coreia do Norte. O ataque dos caças teria como alvo “as janelas do gabinete do líder norte-coreano, Kim Jong-un, na sede do do Partido Trabalhista em Pyongyang”.
Segundo testemunharam vários funcionários militares ao Munwha, os planos de um ataque “cirúrgico” foram elaborados a 31 de março, depois de o novo presidente sul-coreano, Moon Jae-in, ter solicitado a criação de uma nova brigada das Forças Especiais com mil a dois mil homens com a missão de “eliminar os dirigentes militares norte-coreanos” e “paralisar as instalações de comando em caso de emergência”.
A semana passada, a Coreia do Norte realizou o segundo teste do míssil Hwasong-14, tendo anunciado que o lançamento foi bem sucedido. O projéctil atingiu uma altitude de 3.725 quilómetros e percorreu 998 quilómetros durante cerca de 47 minutos, antes de cair em águas territoriais do Japão.
Segundo fontes militares russas, o projéctil testado pela Coreia do Norte foi um míssil balístico de alcance intermediário (IRBM), mas a Coreia do Sul e os EUA sustentam que foi testado um míssil balístico intercontinental (ICBM), que tem um alcance bastante maior.
Fonte: Sputnik News
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